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Nº 1592 - Ano 34
26.11.2007

Para não perder a memória

Projeto de aluna do curso de Biblioteconomia resgata acervo de imagens do Museu de História Natural e Jardim Botânico

Luiz Dumont Jr.

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Acervo fotográfico está sendo organizado para facilitar consultas

 

O Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB) completa, em 2008, 40 anos. Mas a história do espaço, que já abrigou o Instituto Agronômico e o Horto Florestal, é centenária. Vários registros foram arquivados aleatoriamente e agora estão sendo organizados por Cláudia Cristina Cardoso, aluna do 8o período do curso de Biblioteconomia, dentro do projeto de Estágio Supervisionado B em Gestão de Coleções.

O projeto de preservação do acervo tem duração prevista de dois anos. Na primeira etapa, a estagiária selecionou 145 fotos para serem trabalhadas. Segundo ela, o projeto prevê o treinamento de um profissional para continuar a tarefa após sua graduação. “A principio, pelo pouco tempo para concluir o estágio, pensei em trabalhar com 100 fotos, mas acabei selecionando 145”, informa. De acordo com Cláudia Cardoso, as fotos estavam acondicionadas de maneira inadequada, fora de ordem cronológica, o que dificultava o manejo de qualquer pessoa que consultasse o acervo. Primeiro, as fotos foram identificadas e catalogadas.

Em seguida, foram cadastradas por um software de organização, digitalizadas e acondicionadas em capas para serem arquivadas de modo apropriado. “As fotos estavam em caixas e em álbuns comuns, desses de lojas de revelação. Com o trabalho de preservação, elas poderão ser consultadas sem risco de danificá-las”, comenta.

A estudante destaca a importância da preservação do acervo fotográfico do Museu, até mesmo para incentivar outras unidades a realizarem trabalho semelhante. “Esse acervo é muito importante para o Museu. Ele conta não só a história da Unidade, mas de todas as atividades que foram realizadas no local”, argumenta, lembrando que uma das funções do bibliotecário é “organizar, catalogar e recuperar acervos de materiais especiais”.

Raridades

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Entre as raridades arquivadas, estão a foto do antigo horto florestal, uma das mais antigas do acervo, que data da década de 20. Outras imagens representativas da trajetória do Museu são as do agrônomo Camilo Assis Fonseca Filho, responsável pelo plantio de 50 mil árvores na Mata do Museu; da construção da lagoa, no final da década de 50; dos antigos galpões onde eram ministradas aulas de História Natural; da visita dos índios Maxacalis, em 1995; e do plantio de mudas de pau-brasil por ocasião das comemorações dos 500 anos do Brasil, em 2000.