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Nº 1627 - Ano 35
29.09.2008

Foto: Foca Lisboa

 

 

 

 

BH-Tec obtém licenciamento e inicia obras de prédio institucional

Parque Tecnológico está sendo construído em terreno cedido pela UFMG

Da redação

O Parque Tecnológico (BH-Tec) deu início na semana passada às obras de construção do seu primeiro prédio institucional, que terá 8,5 mil metros quadrados de área construída. Desse total, menos de 500 metros quadrados serão usados para abrigar o núcleo administrativo do Parque. “A maior parte do espaço está reservada para pequenas empresas que se estabelecerão aqui”, informa o professor Clélio Campolina, presidente do BH-Tec.

As obras começaram depois que a direção do BH-Tec conseguiu cumprir mais uma etapa legal do processo de implantação do empreendimento: o licenciamento ambiental, aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente no dia 18 de setembro. O projeto apresentado pela UFMG sofreu pequenos ajustes, atendendo a exigências do Conselho de Meio Ambiente, como a definição do destino da terra retirada para as obras e o controle das águas pluviais. Antes do licenciamento, a Universidade já havia conseguido o registro dos terrenos e o parcelamento dos lotes, condições igualmente importantes para o andamento do projeto.

O prédio institucional do Parque Tecnológico será construído com recursos de R$ 17,5 milhões do governo de Minas Gerais, um dos parceiros do empreendimento. Já foram liberados R$ 6,5 milhões e quantia de igual valor, inclusa no orçamento da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, deverá estar disponível até o final do ano. O restante, R$ 4,5 milhões, será aportado em 2009. A previsão é de que as obras sejam concluídas em um ano e meio.

Foca Lisboa
Campolina
Campolina: BH-Tec vai receber primeiras propostas técnicas e científicas

Propostas

Com o início das obras, a direção do BH-Tec se prepara agora para receber as primeiras propostas técnicas e científicas de empresas e consórcios interessados em se estabelecer no empreendimento. “Já recebemos muitas manifestações informais de empresas que desejam se estruturar no BH-Tec, principalmente das áreas de tecnologia da informação e biotecnologia. Mas, primeiro, tínhamos que resolver essas pendências”, lembra Clélio Campolina.

Antes da liberação dos recursos para a construção do prédio institucional, o Parque Tecnológico já havia recebido, desde 2003, cerca de R$ 3 milhões para custeio da equipe administrativa, realização de estudo topográfico, de projetos de engenharia e de levantamentos de impacto ambiental, de censo vegetal e construção das novas instalações da cavalaria da Polícia Militar, até então localizadas no terreno. Já a Prefeitura de Belo Horizonte concluiu, no final de 2006, as obras de infra-estrutura de urbanização do local, como terraplanagem, pavimentação das vias internas do complexo, revitalização do Córrego Mergulhão, que banha o terreno, e construção de uma obra viária de acesso ao BH-Tec. Essas obras custaram R$ 6,5 milhões.

O BH-Tec vai ocupar área de 535 mil metros quadrados, cedida pela UFMG nas imediações do campus Pampulha. Da área total, 185 mil metros serão destinados a edificações de empresas especializadas no desenvolvimento de novas tecnologias; de laboratórios de pesquisa de instituições públicas e privadas; e a serviços de apoio às atividades tecnológicas. Os demais 350 mil metros quadrados de área nativa serão preservados.

A estimativa inicial era de que o BH-Tec atraísse investimentos de R$ 500 milhões em dez anos, cálculo que o professor Campolina considera conservador. “É difícil fazer uma estimativa, mas se o projeto for bem-sucedido, os investimentos serão muito maiores. Tudo depende das pesquisas que serão realizadas e das instalações e equipamentos montados”, argumenta.

A construção do empreendimento é considerada estratégica para lançar novas bases para a geração de emprego e renda no estado, a partir da produção de tecnologia avançada – e não apenas de produtos, como ocorre em distritos industriais convencionais. O BH-Tec está sendo viabilizado a partir de parceria entre UFMG, Governo do Estado, Prefeitura de Belo Horizonte, Fiemg e Sebrae.