Seminário debate violência no campus

Propostas de melhoria na segurança são elaboradas durante o evento realizado na Fafich

ebater os últimos casos de violência ocorridos no campus Pampulha e apresentar propostas para combatê-la. Este foi o principal objetivo do seminário Violência: o que eu tenho a ver com isso? realizado na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), de 6 a 10 de novembro. O evento foi promovido pelo Diretório Acadêmico (DA) e pelo Núcleo de Estudos sobre Gênero e Afetividade (Nega), ambos da Fafich.

De acordo com a coordenadora do Nega, Karin Ellen von Smigay, o seminário foi uma resposta ao ataque sofrido pela estudante de História, Viviane Silva Gonzaga, no dia 11 de setembro, no estacionamento da Faculdade de Letras. "Tínhamos que fazer alguma coisa mais objetiva do que ficar apenas nos lamentando nos corredores das unidades", justificou.

Para o coordenador do DA Fafich, Rogério Trigino, o evento também optou por levantar discussões. "Procuramos conscientizar a comunidade universitária de que a violência é uma mazela de toda a sociedade e que temos também uma parcela de responsabilidade sobre ela", afirmou Trigino.

No encontro, também foi elaborado um documento contendo várias propostas de melhorias do sistema de segurança do campus. Entre as sugestões apresentadas à Reitoria da UFMG estão a criação de um número de telefone para denúncias anônimas; ampliação de linhas e horários de circulação de ônibus interno; e instalação de mais postos de telefone públicos ou de comunicação direta com o setor de segurança.

O documento também cobra maior comprometimento da comunidade com a segurança e enumera uma série de estratégias de combate à violência que poderiam ser adotadas, como a elaboração de uma cartilha de auto-defesa, e o estímulo ao desenvolvimento de projetos de integração campus/comunidade externa, acompanhado de um sistema de registro, produção de dados e divulgação.

Além de professores, estudantes e funcionários da UFMG, participaram do encontro o chefe de segurança da Universidade, Mário Bréscia, o comandante do 2º Batalhão de Polícia Montada de Minas Gerais, Capitão Murilo dos Santos, o psicólogo e professor de Direitos Humanos, Genílson Zeferino, funcionário da Pró-Reitoria de Extensão, e coordenadora do grupo Tortura Nunca Mais em Minas Gerais, Heloísa Greco.

O seminário também debateu a violência contra crianças e adolescentes, deficientes físicos e minorias. As discussões também foram subsidiadas pela exibição de filmes que tem a violência como pano de fundo, como Acusados, Assassinos por Natureza e O Ódio.

 

UFMG lança prêmio para valorizar trabalho de servidor

Universidade acaba de lançar o Prêmio UFMG Mérito no Trabalho, iniciativa que agraciará servidores técnicos e administrativos engajados na busca da instituição pela excelência do ensino, pesquisa e extensão.

"É uma iniciativa que valoriza e reconhece o trabalho do servidor", afirma o reitor Francisco César de Sá Barreto. Ele explica que a criação do Prêmio põe em prática uma proposta que integra o seu projeto de gestão para a UFMG. "O corpo docente já é agraciado com Prêmio Fundep. Entendemos que o mesmo deve ser feito em relação ao servidor", argumenta o reitor.

Para o pró-reitor de Recursos Humanos, Reynaldo Maia Muniz, o Prêmio simboliza um "momento especial", que deve ser eternizado no cotidiano da Universidade. "Esperamos que ele ajude a criar uma cultura de valorização das pessoas, o principal patrimônio da instituição", acrescenta Muniz.

O prêmio será dividido em três segmentos: servidores que atuam em unidades acadêmicas; funcionários que trabalham em órgãos da administração central, auxiliares e suplementares; e servidores lotados no Hospital das Clínicas. O vencedor de cada modalidade receberá uma quantia de R$ 10 mil e uma placa alusiva.

Valores

Para serem indicados, os funcionários deverão representar cinco valores escolhidos por pessoas de referência na cocomunidade universitária, criatividade e iniciativa, comportamento ético e capacidade profissional. "Os agraciados devem ser capazes de encarnar esses valores. Eles serão uma espécie de espelho, no qual a UFMG vai se mirar para manter sua coesão institucional", afirma Reynaldo Muniz.

As indicações deverão ser feitas em caráter reservado e apresentadas, por escrito, à comissão julgadora, acompanhadas de justificativa, histórico do servidor e de, pelo menos, 30 assinaturas de apoio. Este ano, as inscrições serão recebidas até 12 de dezembro, e a entrega do prêmio ocorrerá no dia 22 de dezembro. A partir de 2001, a cerimônia de premiação acontecerá na semana do aniversário da UFMG, em setembro. Mais informações na Pró-Reitoria de Recursos Humanos pelo telefone 3499-4429.





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Nº 1299 - Ano 27 - 15.11.2000