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Patrimônio bibliográfico da UFMG vale R$ 10 milhões
Inventário apura perdas de 6% no acervo da Universidade
Carla Maia
ais
de 650 mil obras, que valem cerca de R$ 10 milhões. Esse é o
patrimônio bibliográfico da UFMG, apurado pelo inventário
do acervo do sistema de bibliotecas, que acaba de ser concluído. Trata-se
da primeira iniciativa desse vulto, envolvendo todas as unidades.
O inventário aponta as aquisições, baixas e perdas referentes a livros, mapas, vídeos, CDs, catálogos e partituras do sistema de bibliotecas ao longo de 20 anos, além de revelar aspectos qualitativos do acervo, relacionados ao estado de conservação e ao valor das obras. "Agora, dispomos de dados reais sobre o patrimônio bibliográfico da UFMG", afirma a diretora da Biblioteca Universitária, Simone Aparecida dos Santos. Segundo ela, a grande vantagem do inventário é que ele possibilita a identificação das áreas mais problemáticas, que precisam de investimento e maior controle sobre o acervo. A unidade com maior número de obras é a Fafich, com 83.640 livros. A que reúne o patrimônio mais valioso é a biblioteca da Faculdade de Letras, estimado em R$ 1,2 milhão.
"Constatamos que muitas obras raras foram furtadas, e muitos livros, mutilados", diz a diretora. O índice de perdas chega a 6%. "Do ponto de visto quantitativo é pouco, mas, no aspecto qualitativo, perdemos obras de grande valor, algumas muito antigas, outras recém-adquiridas", afirma Simone dos Santos. Entre as perdas, há a edição francesa do livro Théâtre de Schiller, do próprio Schiller, que data de 1869. Outra baixa significativa é um livro de Henri Hauser, editado em 1915, intitulado Les sources de l'histoire de France. A diretora defende a implantação de sistema de segurança nos moldes dos que já funcionam na Fafich e na Faculdade de Medicina, que impedem a saída irregular de livros, através de aparelhos de controle magnético.
O acervo de obras raras da UFMG, que nunca havia sido inventariado, inclui obras do século 16. "Há livros e documentos únicos no país", destaca a diretora. Entre eles, o testamento de Martim Afonso de Souza, manuscrito em pergaminho entre 1533 e 1538. Outra preciosidade é a primeira edição do livro Sentimento do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade, autografada pelo autor, e que pertenceu a Cyro dos Anjos. Esses volumes estão disponíveis apenas para consulta. "Pretendemos desenvolver um CD-ROM com um catálogo das obras de grande valor", ressalta a diretora.
Outro problema são os livros danificados. "Há obras em que faltam capítulos inteiros", informa Simone dos Santos.
O inventário mobilizou equipes das 29 bibliotecas da UFMG, além de um grupo exclusivamente contratado para finalizar o processo. "É fundamental, agora, adotar uma rotina de controle em cada unidade, para manutenção e preservação do acervo. Cada biblioteca terá uma planilha de controle mensal para registrar perdas, doações, compras e transferências", esclarece a diretora. Simone Santos também destaca a importância de investir em acervos bibliográficos de cursos mais recentes, como Turismo e Artes Cênicas.
"Nosso objetivo é que o inventário passe a ser realizado anualmente", anuncia o auditor geral da UFMG, Marcos Eustáquio de Oliveira Murta. Ele explica que a averiguação periódica para constatar existência, localização e estado de conservação dos bens móveis de órgãos públicos é uma exigência legal, fiscalizada pela Controladoria Geral da União, pelo Tribunal de Contas da União e pela Auditoria Geral da UFMG. "Os bens públicos devem ser fiscalizados regularmente. Em caso de extravios, a lei exige que seja aberto inquérito", explica Marcos Murta.
A realização do primeiro inventário do acervo bibliográfico do sistema de bibliotecas era uma das metas da atual gestão da UFMG. Para o auditor Bruno Wilke, o inventário não havia sido realizado antes devido a dificuldades operacionais: "O tamanho do acervo representa um desafio. Essa foi uma iniciativa pioneira entre as instituições de ensino superior".
Inventário em números
Acervo da UFMG reúne 650.139 obras.
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