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Nº 1648 - Ano 35
13.4.2009

Fafich inicia comemorações
de seus 70 anos

FAFICH

A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) prepara uma programação especial para comemorar seus 70 anos de fundação. O pontapé inicial será dado nesta terça-feira, dia 14, às 19 horas, com lançamento de selo comemorativo no auditório Sônia Viegas, no 1º andar do prédio da Fafich (avenida Antônio Carlos, 6627, campus Pampulha). Ao longo do ano, outros eventos serão realizados para celebrar a data.

“Temos muito o que celebrar. A Fafich continua a exercer importante papel como instituição de ensino de alta qualidade e formadora de opinião. O ativismo dos membros de sua comunidade também merece destaque”, avalia o professor João Pinto Furtado, atual diretor da Faculdade.

A Fafich tem 4.200 alunos distribuídos em cinco cursos de graduação (Comunicação Social, História, Filosofia, Ciências Sociais e Psicologia), oito programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) e nove especializações. A Faculdade abriga, ainda, o Ciclo Introdutório de Ciências Humanas, que recebe estudantes de outros cursos da UFMG, e o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), que presta atendimento psicológico à comunidade.

Para João Pinto Furtado, essa diversidade tem repercussão em áreas distintas como a da representação política e a do direito de minorias. O diretor lembra também que a instituição é um dos carros-chefes da pesquisa em Ciências Humanas de Minas Gerais.

“Além de incrementar a formação dos alunos, a excelência da atuação de seus professores e pesquisadores contribui para a solução de problemas contemporâneos através do desenvolvimento de tecnologias sociais em áreas como a da democracia participativa, criminalidade e segurança pública e cooperativismo social”, afirma João Furtado.

História

A história da Unidade começou em 21 de abril de 1939, com a fundação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Em 30 de outubro de 1948, ela foi incorporada à Universidade de Minas Gerais e ganhou nova sede, situada no Edifício Acaiaca, no centro de Belo Horizonte.

No início da década de 60, foi transferida para o bairro Santo Antônio, onde viveu seu período de maior efervescência política e cultural. Em 1968, com a Reforma Universitária implantada pela Lei 5.540/68, recebeu o nome de Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). Nos 70 anos de trajetória, deixou a sua marca na história de Belo Horizonte e de Minas Gerais, sendo símbolo da resistência política nos tempos da ditadura e grande formadora de intelectuais.

Diploma que vale por dois

UFMG firma com escola francesa seu primeiro
Acordo de Duplo Diploma

Patrícia Azevedo

Os programas de intercâmbio, que permitem aos estudantes cursarem disciplinas da graduação em universidades estrangeiras, já são velhos conhecidos dos alunos de engenharia civil da UFMG. A partir deste ano, além de aproveitar a temporada de estudos fora do país para enriquecer o currículo, eles podem finalizar a graduação no Brasil e ser diplomados por uma das mais tradicionais escolas de engenharia do mundo.

A oportunidade é fruto do primeiro Acordo de Duplo Diploma da UFMG, assinado no dia 16 de março pelo reitor Ronaldo Pena e pelo diretor da École des Ponts Paris Tech, Philipe Courtier. A mobilidade de alunos entre as instituições, no entanto, é antiga: começou em 2004 por meio do Programa de Intercâmbio de Graduação Capes/Brafitec. Desde então, mais de 50 alunos já cursaram disciplinas do curso de engenharia na École des Ponts Paris Tech em períodos que variam de 6 meses a 1 ano.

“O programa de duplo diploma tem uma dinâmica diferente. O aluno cursa o currículo-padrão até final do terceiro ano, estuda dois anos na França e volta para finalizar o curso na UFMG”, explica Roberto Márcio da Silva, professor do Departamento de Estruturas da Escola de Engenharia e coordenador do programa Capes/Brafitec. Ao final dos seis anos, o estudante recebe o diploma de engenharia civil pela UFMG e de engenharia pela École des Ponts Paris Tech. “Grandes pesquisadores passaram pela instituição, a primeira escola de engenharia fundada no mundo”, conta o coordenador.

Seleção

A escolha dos participantes para o Programa de Duplo Diploma será feita por meio da avaliação do rendimento semestral global (RSG), do currículo de atividades complementares e do conhecimento da língua francesa. Os aprovados receberão bolsa de estudos, moradia no alojamento da universidade, passagens aéreas e refeições subsidiadas. “Muitos pensam que programas como esse são elitistas, mas os alunos entram pelo mérito. No programa Capes/Brafitec, por exemplo, 20% dos aprovados até hoje eram bolsistas da Fump”, ressalta. A primeira turma do Duplo Diploma, composta por cinco alunos, parte para a França em setembro deste ano. “Como é um programa recíproco, também receberemos anualmente cinco estudantes franceses”, informa Roberto Márcio.