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Nº 1732 - Ano 37
04.04.2011
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João Kleber Mattos
O Museu de Ciências Morfológicas (MCM) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) é um dos 52 escolhidos no país para integrar a série televisiva Conhecendo Museus, projeto que busca estimular nos brasileiros o hábito de frequentar esse tipo de ambiente. Em março, a equipe do Museu recebeu o grupo responsável pelas filmagens para a elaboração do roteiro da produção. As filmagens deverão ser feitas ao longo deste mês e a expectativa é de que o documentário fique pronto ainda em 2011.
| Fotos: Foca Lisboa |
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| O feto no útero: estudo multissensorial |
De acordo com a diretora do Museu e professora do Departamento de Morfologia do ICB, Maria das Graças Ribeiro, o MCM foi selecionado graças às suas ações no campo da educação científica. “É o primeiro museu do corpo humano na América Latina”, lembra a professora. O Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva, ainda único no Brasil, permite a qualquer pessoa, mesmo com limitação ou deficiência, interagir com seu acervo.
“Por meio desse documentário, vamos alcançar outros públicos”, vislumbra Maria das Graças Ribeiro. A série Conhecendo Museus produzirá, nesse primeiro momento, 52 documentários sobre os mais importantes museus do Brasil. Cada instituição será contemplada com um programa de 26 minutos de duração. Os documentários serão exibidos pela TV Brasil, TV Brasil Internacional, Portal EBC na Web, Boa Vontade TV, Rede Educação e Futuro de Televisão, e TV Escola.
| Fotos: Foca Lisboa |
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| Interior da célula: estudo multissensorial |
Maria das Graças conta que o MCM recebeu, no dia 21 de março, a primeira visita da equipe responsável pela produção do filme para desenvolvimento do roteiro. “Foi um ótimo contato. Os profissionais que estiveram aqui se mostraram impressionados com o envolvimento da equipe do Museu com a educação para a saúde e para a vida”, relata a diretora. O projeto Conhecendo Museus é uma produção conjunta do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Fundação José de Paiva Neto (FPJN) e ministérios da Educação, da Cultura e de Ciência e Tecnologia.
As exposições do Museu de Ciências Morfológicas mostram, didaticamente, toda a estrutura do corpo humano, as células e tecidos em micrografias (imagens vistas pelo microscópio). O visitante pode ver órgãos e sistemas orgânicos em peças anatômicas reais, dissecadas, identificadas e explicadas em legendas. Os embriões e fetos expostos também são reais e mostram a evolução do indivíduo em gestação – da fertilização ao nascimento.
| Fotos: Foca Lisboa |
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| Coração aberto: estudo multissensorial |
O MCM conta, ainda, com réplicas de todas as estruturas orgânicas, esculpidas em gesso, resina e outros materiais, com características e texturas que permitem aos deficientes visuais conhecerem tatilmente o corpo humano. As réplicas dos órgãos humanos visam ao estudo multissensorial, ao toque, à interatividade e à inclusão de deficientes visuais ao estudo do corpo humano. As do coração, por exemplo, representam o coração humano em tamanho próximo do natural e também ampliado e aberto, para facilitar a compreensão de sua estrutura e funcionamento. “Todo mundo quer tocá-lo. Ao fazê-lo, muitas pessoas se emocionam e sempre aparece alguém para dizer que está com o coração na mão”, brinca a diretora.
O MCM recebe média de 25 mil visitantes por ano, em sua maioria estudantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do interior de Minas Gerais. Atende ainda cerca de 10 a 15 mil pessoas por ano em atividades itinerantes ou eventos, quando convidado para trabalhos fora do campus Pampulha.
Aberto ao público em 1997, o MCM é resultado de pesquisas desenvolvidas no Departamento de Morfologia do ICB, iniciadas oito anos antes. Em 2006, recebeu seu primeiro prêmio, concedido pela Fapemig, na área de divulgação científica. Três anos depois, foi reconhecido pela Fundação Banco do Brasil, na área de tecnologia social.
Constituído de um núcleo central, onde ocorrem as exposições do corpo humano, o MCM atua nas frentes de pesquisa, educação científica formal e não formal e promoção social. O Museu dispõe de espaços educativos multimeios, centro de capacitação e atualização de professores, oficinas de produção de material didático, além do Laboratório de Pesquisa e Educação Inclusiva, que abriga a coleção de réplicas do corpo humano para estudo multissensorial.
O Museu de Ciências Morfológicas atende ao público de terça a sexta feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. Às quintas-feiras, o espaço também funciona no período noturno, entre 19h e 21h30. Grupos de visitantes devem agendar as visitas, que são sempre orientadas. Mais informações pelo telefone (31) 3409–2776.