Busca no site da UFMG

Nº 1771 - Ano 38
16.4.2012

Integração pela medicina

UFMG vai formar gestores em telessaúde de 16 países
latino-americanos

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou, no último dia 10, do lançamento do Curso Internacional de Formação em Telessaúde. A cerimônia aconteceu no auditório do Centro de Tecnologia em Saúde (Cetes), na Faculdade de Medicina. A iniciativa é voltada para a formação de 387 dirigentes de ministérios da Saúde e de universidades de 16 países latino-americanos: Brasil, El Salvador, Argentina, México, Colômbia, Equador, Chile, Venezuela, Peru, Uruguai, Guatemala, Costa Rica, Bolívia, Panamá, Guiana e Suriname.

O curso é estruturado e coordenado pelo Centro de Tecnologia em Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG, juntamente com Ministério da Saúde, Rede Universitária de Telemedicina/Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RUTE/RNP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Prefeitura de Belo Horizonte e Hospital das Clínicas da UFMG. O financiamento é do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

“A discussão de casos clínicos é uma prática cotidiana entre médicos nos hospitais. Com a telessaúde, nós alargamos o espaço para essa prática, possibilitando a troca de opiniões e informações no ambiente virtual”, explicou o ministro Alexandre Padilha. Segundo ele, o grande desafio para a consolidação do SUS é a fixação de médicos em áreas remotas. “A carência de profissionais em regiões mais pobres e sem estrutura é um problema grande. A telessaúde é um instrumento poderoso para driblar essa condição, pois dá mais segurança aos profissionais”, afirmou, ressaltando que a troca de experiências com países vizinhos pode ajudar na busca de soluções para problemas comuns.

Representante da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Adson França fez uma exposição do atual quadro da telessaúde no Brasil. Ele enfatizou a redução dos deslocamentos, do tempo de atendimento e das filas, minimizando custos e aumentando a qualidade do serviço de saúde. Por outro lado, apontou desafios. “O acesso à internet ainda é uma dificuldade em certas localidades. Mas o Ministério das Comunicações já anunciou metas para aumentar a banda larga em todo o território nacional”, ressaltou.

O diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Francisco Penna, destacou a contribuição que a instituição tem dado para o desenvolvimento da saúde no Brasil e as importantes relações com o Ministério da Saúde. “Esta é a faculdade que mais forma médicos no país, 320 por ano. E junto com o Ministério estamos desenvolvendo projetos de grande impacto social, como a ampliação da triagem neonatal e a formação permanente de profissionais atuantes na Estratégia de Saúde da Família”, afirmou.

O reitor Clélio Campolina encerrou a cerimônia saudando as relações entre países da América Latina. “Muitas vezes, quando se fala em integração geopolítica, fala-se em militarização. Eu espero que a integração latino-americana não siga essa lógica e seja realizada somente no campo das ideias e dos projetos, como esse curso que estamos lançando. Nosso horizonte deve ser uma sociedade mais justa e humana”, defendeu.

O reitor Campolina e o ministro Alexandre Padilha foram agraciados com a medalha do Centenário, concedida a profissionais que se destacam pela dedicação e contribuição à Faculdade de Medicina da UFMG.

(Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina) 

Depósito de patentes na Europa

A UFMG é a universidade brasileira com maior número de depósitos de patentes junto ao Escritório Europeu de Patentes (EPO), entre 2002 e 2011. A Instituição aparece em nono lugar entre as organizações brasileiras, com 19 depósitos. A segunda universidade do país a figurar no ranking é a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 18º lugar, com 13.

Segundo o diretor da Coordenadoria de Transferência de Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG, Ado Jório de Vasconcelos, a boa posição da UFMG se deve “à disseminação crescente da cultura de propriedade intelectual e à transferência e comercialização das inovações tecnológicas geradas na instituição”.

Além disso, de acordo com Ado Jório, o resultado reflete trabalho contínuo de proteção ao conhecimento realizado pela UFMG. Os pedidos têm crescido ano a ano. Em 2009, foram 45 depósitos no Brasil, número que subiu para 60 em 2010 e chegou a 73 no ano passado. “Esse crescimento acaba favorecendo a internacionalização do conhecimento produzido na UFMG”, analisa o diretor da CTIT.