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Nº 1820 - Ano 39
13.5.2013
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Ana Rita Araújo
Embaixadores de 18 países da Europa participam, na manhã nesta sexta-feira, 17, no campus Pampulha, da inauguração do Centro de Estudos Europeus da UFMG, órgão de caráter transdisciplinar que tem entre seus objetivos expandir a cooperação científica e acadêmica entre a Universidade e aquele continente. Na mesma solenidade será lançada pedra fundamental do prédio que abrigará o Centro de Internacionalização da UFMG, onde funcionarão ambientes de natureza semelhante dedicados à África, América Latina, China e Índia.
Todos estes centros são coordenados por professores de diferentes departamentos e unidades que desenvolvem atividades de ensino, pesquisa ou extensão relacionadas ao país ou à região em foco. Entretanto, o cenário europeu é considerado singular pelo diretor de relações internacionais, Eduardo Vargas. “Em praticamente todas as unidades acadêmicas da UFMG há alguém que estuda, já estudou ou tem algum vínculo com a Europa, enquanto o mesmo não pode ser dito em relação a Índia, China ou África”, exemplifica.
Além de contribuir para incrementar a realização de atividades acadêmicas que tenham a Europa como foco ou os europeus como parceiros, o Centro deve se tornar ponto de referência, capaz de articular diferentes grupos e temas existentes na UFMG, aumentando, assim, a capacidade institucional para concorrer em editais internacionais, avalia Vargas.
O novo Centro será coordenado pelo professor Ivan Domingues, do Departamento de Filosofia, e por comitê formado pelos professores Vera França, do Departamento de Comunicação; Myriam Correa Ávila, da Faculdade de Letras; Ana Gomes, da Faculdade de Educação; e Alexandre Cunha, da Faculdade de Ciências Econômicas.
Primeiro a ser lançado, o Centro de Estudos Africanos funciona desde novembro passado e vai realizar, nos dias 12 e 13 de junho, no campus Pampulha, jornada internacional, atividade anual prevista para os cinco centros. Além de pesquisadores brasileiros e africanos, estão confirmadas as presenças de participantes de países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Canadá, México, Colômbia e Argentina.
A jornada internacional do Centro de Estudos Europeus deve ocorrer em novembro deste ano. Tais atividades, contudo, “não devem competir com nenhuma iniciativa de grupo de pesquisa já existente ou a existir nas unidades”, destaca Eduardo Vargas. Ele comenta que o papel dos centros é servir como ponto de apoio e de articulação, funcionando em sinergia com outras iniciativas desenvolvidas na Universidade.
Os centros têm o papel de ampliar a condição da UFMG de produzir conhecimento sobre o país ou região em particular, ao mesmo tempo em que devem criar instrumentos para tornar a Universidade e o Brasil melhor conhecidos nesses ambientes. Outro efeito esperado com o pleno funcionamento dos centros é a mobilidade de docentes e de estudantes.
Para o evento desta sexta feira, dia 17, estão confirmadas as presenças dos embaixadores de Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Finlândia, Irlanda, Itália, Grécia, Hungria, Países Baixos, Portugal, Romênia e Suécia –, além da embaixadora da Delegação da União Europeia, do encarregado de negócios da República Tcheca e do cônsul honorário da França. Durante a solenidade, a embaixadora da União Europeia no Brasil, Ana Paula Zacarias, e o embaixador da Irlanda no Brasil, Frank Sheridan, país que este ano preside a União Europeia, falarão sobre a Europa pós-crise. Já o reitor Clélio Campolina discorrerá sobre Os desafios da educação brasileira e a UFMG.
Em visita oficial a Minas Gerais, os diplomatas tomaram a iniciativa de incluir o evento em sua agenda, além dos encontros previamente marcados com o governador Antônio Anastasia, com o prefeito Marcio Lacerda e com a direção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). “Os europeus estão reconhecendo a importância estratégica do Brasil em geral e da UFMG em particular, nossa competência e qualidade de trabalho. Ao tomarem conhecimento da iniciativa de criação do Centro, se prontificaram a incluir na agenda oficial uma visita à Universidade”, conta Eduardo Vargas.
Na solenidade será descerrada placa comemorativa da inauguração do Centro e fechada cápsula do tempo com documentos alusivos ao evento.