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Nº 1837 - Ano 39
23.09.2013

Ares de bulevar

Projeto de revitalização da Mendes Pimentel inclui reposição de plantas ornamentais e irrigação automática, com economia de recursos

Ana Rita Araújo

Principal avenida do campus Pampulha, a Mendes Pimentel terá seus canteiros e jardins revitalizados. Em fase de implantação, o projeto da Pró-reitoria de Administração (PRA) inclui o plantio de novas mudas, reposição de plantas ornamentais e sistema automatizado de irrigação que vai utilizar água de poços artesianos. Também se beneficiarão do novo sistema de irrigação o gramado da Reitoria, os jardins da Faculdade de Ciências Econômicas, a entrada principal da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) e o viveiro de mudas localizado nas proximidades da Avenida Antônio Carlos.

Segundo a pró-reitora adjunta de ­Administração, Eliane Ferreira, a operação vai resultar em economia significativa para a Universidade, além de manter os jardins e gramados permanentemente bem cuidados. “Haverá redução no valor da conta de água, com resultados muito melhores do que os alcançados com a irrigação manual, e a mão de obra poderá ser direcionada para outras tarefas, como a manutenção das áreas verdes”, comenta.

O projeto de irrigação em licitação abrange área de aproximadamente 40 mil metros quadrados, que atualmente são molhados, em parte, com água comprada da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). De acordo com cálculos do engenheiro Fausto Pársia, diretor da Divisão de Infraestrutura Sanitária do Departamento de Gestão Ambiental (DGA) da PRA, nessa área são utilizados por dia cerca de 200 metros cúbicos de água, o que equivale a 30 caminhões-pipa, com custo mensal de R$ 40 mil. Com o aproveitamento de água dos poços artesianos, em poucos meses o custo do sistema contratado – R$ 713 mil – será compensado. “A intenção é que o novo modelo possa ser estendido posteriormente a outras áreas do campus”, diz Eliane Ferreira.

Azaleias e palmeiras

Na atual fase da obra, os canteiros centrais da Avenida Mendes Pimentel estão sendo remodelados. “Esta é a melhor época do ano para revolver e adubar a terra, antes do início do período chuvoso”, explica o engenheiro agrônomo Fábio Júnio Dornelas, diretor da Divisão de Áreas Verdes do DGA. O projeto de revitalização inclui o aumento do número de palmeiras imperiais, reposição das mudas de azaleias, incluindo quatro colorações que vão do rosa claro ao vermelho escuro, e da grama dos canteiros.

O sistema de irrigação que vai auxiliar na manutenção e garantir a beleza da nova ornamentação vai retirar água de antigos poços profundos que estavam em parte desativados. Fausto Pársia informa que a água é bombeada para reservatório no nível do terreno e levada para a tubulação do sistema de irrigação, composto por uma série de dispositivos, como válvulas e aspersores, instalados ao longo do espaço ajardinado. A ideia é ligar os aspersores no período noturno, para não atingir pedestres e automóveis.

Para Fábio Dornelas, entre as vantagens do novo sistema está a liberação de jardineiros para outras tarefas ligadas à manutenção das plantas. “Aproximadamente um terço do tempo dos funcionários que cuidam dos jardins é utilizado hoje na irrigação. Sem essa tarefa, eles podem cuidar mais de atividades como poda”, prevê. Outro aspecto importante é a aparência das áreas verdes. “Na época mais seca, o gramado perde a coloração verde intensa. Com o sistema automatizado, os jardins permanecerão vigorosos o ano todo”, diz.

Viveiro

Com 95 mil mudas ornamentais e arbóreas, o viveiro que também será irrigado com o sistema automatizado é a base de reposição de praticamente todas as espécies presentes nos jardins do campus Pampulha. “Temos até mudas para reflorestamento de vegetação nativa em fragmentos florestais”, comenta Fábio Dornelas.

Grupo de 25 jardineiros dedica-se à manutenção dos setores ajardinados internos e externos às unidades acadêmicas, enquanto outra parte da equipe cuida de atividades como poda da arborização, corte de gramados, limpeza de aceiros e plantio de novas árvores nos cerca de 1,7 milhão de metros quadrados de áreas verdes do campus.