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Nº 1849 - Ano 40
16.12.2013

Padrão internacional

Metade dos programas de doutorado da UFMG recebeu notas 6 e 7 na avaliação da Capes

Da redação

Na avaliação trienal dos programas de pós-graduação brasileiros, divulgada na semana passada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a UFMG teve 31 de seus 63 programas de doutorado apontados como de padrão de excelência internacional, ou seja, classificados com conceitos 6 e 7.

“A UFMG foi a instituição com o maior percentual de excelência”, destacou o reitor Clélio Campolina. “São 49,2% dos programas de doutorado classificados com notas 6 e 7, enquanto a média nacional é de 10%”, apontou. Ele lembrou, ainda, que a UFMG respondeu, na edição 2013 do Prêmio Capes de Teses, por sete trabalhos entre as 48 áreas do conhecimento, também o melhor desempenho do sistema universitário brasileiro.

Os resultados da avaliação trienal 2013 também revelam que a maioria dos programas de pós-graduação da UFMG está classificada com o conceito 5, o máximo entre aqueles que contemplam apenas o nível mestrado. “Toda a nossa pós-graduação, do mestrado ao doutorado, teve um resultado muito positivo”, afirmou Campolina.

Para o reitor, esses números são fruto de grande esforço institucional: “Resultados assim são consequência do trabalho conjunto de coordenadores de curso, pesquisadores, professores, alunos e do nosso corpo técnico-administrativo, que dá suporte a esse crescimento. Além disso, é preciso dar ênfase à dedicação da nossa Pró-reitoria de Pós-graduação, que coordena todo esse trabalho.”

A avaliação

Na Avaliação Trienal 2013, referente ao período 2010-2012, foram analisados 3.337 programas de pós-graduação, que compreendem 5.082 cursos, sendo 2.893 de mestrado, 1.792 de doutorado e 397 de mestrado profissional.

Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os resultados apontam para a evolução do Sistema Nacional de Pós-graduação. “Comparando com a avaliação de 2010, podemos perceber como o modelo é consistente, não há mudanças significativas; o sistema mantém trajetória de expansão e melhoria”, enfatizou.

Na Avaliação Trienal da Capes, os cursos são classificados segundo a seguinte escala: conceitos 1 e 2, que descredenciam o programa; 3, que significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade; 4, considerado bom; e 5, nota máxima para programas com apenas mestrado. Os conceitos 6 e 7 indicam desempenho compatível com o padrão internacional de excelência.


Entre as cinco

A UFMG obteve nota máxima (5) no Índice Geral de Cursos (IGC) e manteve a quinta posição entre as nove universidades que alcançaram tal conceito. Os dados referem-se ao ano de 2012 e foram divulgados no início do mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O cálculo do IGC considera uma nota para os cursos de graduação – a média ponderada dos conceitos preliminares de curso no triênio de 2010 a 2012 – e notas dos cursos de mestrado e de doutorado baseadas nos conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) resultantes de sua avaliação dos programas de pós-graduação das instituições. Ao todo, foram avaliadas 2.171 instituições públicas e privadas.

O índice levou em consideração os resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) realizado em novembro de 2012. Componente curricular obrigatório para os cursos de graduação, o teste aplicado no ano passado teve a participação de alunos da UFMG dos cursos de graduação em Administração, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Design, Direito, Jornalismo, Psicologia, Publicidade e Propaganda, Relações Internacionais e Turismo.

O Enade avalia o rendimento dos alunos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. Seus resultados são utilizados pelo MEC na elaboração do IGC e do Conceito Preliminar de Curso (CPC), considerados indicadores de qualidade de instituições de ensino e de seus cursos superiores.

CPC

O Conceito Preliminar de Curso considera o rendimento dos estudantes, a infraestrutura da instituição, a organização didático-pedagógica e o corpo docente. “Ao observar o desempenho de cada curso comparando-se com o conceito obtido em 2009, percebe-se que as notas de alguns cursos caíram, e estes perderam posição em relação a cursos de outras instituições”, comenta Paulo Modenesi, vice-diretor de Avaliação Institucional da UFMG. “Isso aponta a necessidade de avaliação mais profunda desses resultados”, defende ele, informando que está prevista para o início de 2014 reunião com coordenadores e representantes dos cursos que participaram do Enade em 2012.