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Nº 1890 - Ano 41
02.02.2015
A oficina Como se fabrica uma mulher? promoverá discussões sobre o paradigma feminino vigente na sociedade brasileira contemporânea. Na atividade, oferecida exclusivamente a mulheres, a ideia é repensar e criticar as relações estabelecidas com o corpo feminino. “Vamos estimular a exploração desses corpos cênicos, a construção da performance, e encerraremos as atividades com uma intervenção urbana”, diz a performer Nina Caetano, professora do Departamento de Artes da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
A coordenadora Denise Pedron lembra que as instrutoras dessa oficina farão uma intervenção nas proximidades do Centro Cultural UFMG na quarta-feira, dia 11, às 18h, denominada Classificação zoológica da mulher. A performance é focada em estereótipos existentes sobre o feminino que estão associados a animais, como a “mulher-vaca” e a ”mulher-cachorra”, que povoam o imaginário sobre a mulher. “As performers sairão às ruas com essas próteses usadas no Carnaval, montadas como espécies de mulheres-animais. Elas fazem uma descrição zoológica para estabelecer uma crítica à imagem que se constrói do feminino”, diz Denise.
Nina Caetano |
Em oficina para mulheres, as participantes vão desconstruir o paradigma feminino vigente |
Na área de Ciências exatas, da terra e tecnologias, a oficina Introdução à robótica vai apresentar, de forma prática e lúdica, os conceitos fundamentais da área, como programação e montagem de robôs. A atividade contará com aulas teóricas e práticas, em que os participantes se reunirão em grupos para projetar, construir e programar robôs que competirão entre si.
A atividade será ministrada pelo professor Guilherme Augusto Silva, do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia. Ele conta que os robôs são montados com peças de lego, cujo principal componente é o chamado “tijolo inteligente”. “É nele que o robô é programado para agir de forma autônoma, seja se locomovendo ou pegando algum objeto”, explica Guilherme Silva.
Na oficina Descobrindo e costurando relações na Praça da Liberdade, inserida na área de Ciências da vida e saúde, os participantes do Festival vão investigar e dar visibilidade aos personagens que mantêm e cuidam do espaço público, como jardineiros e garis. O registro dessa investigação será feito por meio de um grande bordado coletivo. Sobre a toalha será posta uma grande mesa de café, oferecida em homenagem a esses personagens. O Café na Praça ocorrerá na quinta-feira, 12, às 19h.