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Adelina: estruturas que ultrapassem os limites das unidades acadêmicas

Pesquisadores da UFMG têm até 31 de março para apresentar propostas que vão compor projeto institucional da UFMG no âmbito da chamada pública CT-Infra–Proinfra 02/2014, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Cada instituição poderá receber até R$ 15 milhões.

Chamada interna da UFMG para seleção de propostas, lançada pelas pró-reitorias de Pesquisa e de Pós-graduação, definiu cronograma, estrutura, diretrizes para as propostas e critérios de julgamento. O documento também esclarece que as propostas de equipamentos pré-selecionadas, em atendimento a uma chamada lançada pela Pró-reitoria de Pesquisa (PRPq) em 2013, serão priorizadas na avaliação, desde que atendam aos requisitos especificados na atual chamada da Finep.

De acordo com a pró-reitora de Pesquisa, Adelina Martha dos Reis, o novo edital da Finep traz mudanças em relação às edições anteriores, pois não contempla obras e inclui manutenção de equipamentos – tanto aqueles que serão adquiridos no projeto quanto os já existentes na instituição – e pequenas adaptações de instalação e ajustes da infraestrutura física, estritamente relacionadas aos equipamentos. Outra novidade é a necessidade de composição de comissão de usuários que será responsável pela determinação do uso desses equipamentos.

O principal objetivo do edital é criar ou expandir unidades multiusuárias em qualquer área do conhecimento, em todo o território nacional, “de forma a proporcionar condições para o crescimento e a consolidação da pesquisa científica e tecnológica” das instituições públicas de ensino superior e de pesquisa. “Isso vai ao encontro da intenção da UFMG de criar estruturas de caráter multiusuário que ultrapassem os limites das unidades acadêmicas”, ressalta Adelina Reis.

A chamada pública define como unidade de pesquisa de caráter multiusuário “equipamento altamente especializado, disponível regularmente para usuários internos e externos da instituição”. Segundo a pró-reitora de Pesquisa, tal disponibilidade deverá ser definida pela comissão de usuários de cada proposta.

Principal fonte de recursos direcionada à pesquisa brasileira, o programa CT-Infra–Proinfra dispõe, na atual edição, de R$ 400 milhões, que serão distribuídos entre quatro grupos de instituições do país, reunidas de acordo com o número de pesquisadores doutores de seus quadros. A UFMG está no grupo 4, que engloba centros com mais de 1,5 mil docentes com doutorado. Nos outros grupos estão as instituições que têm respectivamente até 400 doutores; de 401 a 800; de 801 a 1.500. Cada grupo receberá 25% do montante. Pelo menos 40% devem ser aplicados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Divulgação

A redação da chamada interna da UFMG foi finalizada no início deste mês, após reunião com diretores das unidades acadêmicas e coordenadores dos programas de pós-graduação com conceitos 6 e 7. “Nossa intenção foi discutir a chamada com a comunidade antes de fechar a proposta de cronograma”, esclarece Adelina Reis.

A UFMG pode apresentar proposta institucional composta de até dez subprojetos, para aquisição de equipamentos de médio porte, que custam de R$ 100 mil a R$ 500 mil, e de grande porte, com valor acima de R$ 500 mil. “A partir da divulgação da chamada, cabe aos grupos interessados elaborar e enviar suas propostas à PRPq”, enfatiza a professora.

Seguindo o cronograma definido na chamada interna, as propostas recebidas pela Pró-reitoria depois de 31 de março serão avaliadas por comissão especial e encaminhadas às câmaras de Pesquisa e de Pós-graduação e, em seguida, ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

Na avaliação dos subprojetos, a Finep vai considerar dois critérios. Terá peso de 30% a avaliação da equipe científica proponente, o que inclui professores com doutorado, pesquisadores bolsistas do CNPq e nota dos programas de pós-graduação envolvidos. Os 70% restantes dizem respeito a aspectos como objetivo do subprojeto, considerando sua aderência à chamada e sua relevância no contexto de ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento nos âmbitos local, regional, nacional e mundial; utilização compartilhada dos equipamentos; desempenho da instituição na execução dos projetos apoiados no âmbito das chamadas públicas anteriores.