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Nº 1903 - Ano 41
11.05.2015

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Com louvor

Laboratório da Veterinária responsável pelo controle sanitário de organismos aquáticos é novamente aprovado em teste de proficiência internacional

Ângelo Franco*

O Aquacen, Laboratório Oficial Central da Rede Nacional de Laboratórios Oficiais do Ministério da Pesca (Renaqua), sediado na Escola de Veterinária da UFMG, foi aprovado pela segunda vez em teste de proficiência internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), para enfermidades de camarões. O Aquacen se destacou pelo índice de 100% de acertos e por emitir os resultados em apenas quatro dias, o menor prazo entre os 21 laboratórios avaliados.

No teste, organizado pelo laboratório de referência da OIE, localizado na Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, as instituições participantes de cada país recebem amostras e devem analisá-las, para diagnosticar a presença ou não de diferentes agentes infecciosos em cada exemplar, em um prazo de até sete dias. Com a taxa de 100% de acerto para a detecção das doenças, o desempenho do Aquacen foi equivalente ao do laboratório de referência.

“Esse certificado aumenta muito a confiabilidade internacional do nosso trabalho. Ele demonstra aos países com os quais o Brasil mantém relações comerciais que o produto é de qualidade, e que o nosso laboratório é capaz de certificá-lo adequadamente”, afirma o professor Henrique César Figueiredo, do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva (DMVP) da UFMG e coordenador do Aquacen.

Laboratório central

O Aquacen surgiu do acordo de cooperação firmado há três anos entre a UFMG e o Ministério da Pesca (MPA). A parceria é fruto de estratégia adotada pelo Ministério, que se uniu a instituições de ensino e pesquisa para desenvolver ações de controle sanitário e de qualidade de organismos aquáticos em todo o Brasil. Daí, nasceu a Renaqua, rede que tem o Aquacen como laboratório central.

O laboratório da Escola de Veterinária desenvolve diagnósticos oficiais da qualidade sanitária de organismos aquáticos comercializados no país, incluindo produtos de exportação, e pesquisas aplicadas por solicitação do Ministério. “É uma estratégia arrojada, que oferece mais versatilidade às atividades, diferentemente de outros ministérios, que trabalham com estrutura própria”, destaca o diretor da Escola de Veterinária, Renato de Lima Santos.

O diagnóstico é feito pela análise das amostras coletadas pelas agências do MPA espalhadas pelo país e enviadas para o Aquacen ou para os demais laboratórios da rede. “É um processo que leva em conta normas e processos de validação internacionais”, explica o coordenador Henrique César Figueiredo. “Esse diagnóstico não é só de produção nacional, mas também da análise de pescados importados, como os do Vietnã e da Argentina, comercializados no Brasil”, completa.

O Aquacen ainda funciona provisoriamente em instalações no Departamento de Medicina Veterinária Preventiva. Contudo, duas obras para ampliação da estrutura do laboratório já estão em andamento. O objetivo é ampliar a infraestrutura e a equipe do Aquacen e captar mais alunos para treinamento e desenvolvimento de técnicas de diagnósticos.



*Bolsista da Assessoria de Comunicação da Escola de Veterinária