O invisível nas ruas, no céu e até no museu: Espaço aborda a questão da visibilidade no Festival de Verão UFMG

A visibilidade é um aspecto importante do mundo em que vivemos. Com tanta exposição e performances diárias, o ser humano luta contra a invisibilidade, tentando se destacar em meio à multidão de rostos desconhecidos que o cercam. Mesmo com tanto esforço, muitos permanecem invisíveis. Neste ano, o 11º Festival de Verão UFMG aborda a temática Universos (In)visíveis, abrindo caminho para quem quiser desbravar os tantos mundos que não percebemos à nossa volta. O Espaço do Conhecimento participa dessa programação, de 20 a 23 de fevereiro, com atividades que chamam atenção para a percepção do ser e do aparecer.

Na Fachada Digital, o tema aparece em ensaios fotográficos de personagens sociais marginalizados. No dia 21, Montação: A Pluralidade da Performance exibirá fotos da preparação de Drag Queens, evidenciando a construção de suas personagens e performances. As imagens são dos artistas Débora Nunes, Carol Morena e Elay Augusto. No dia 23, o público pode conferir o resultado da oficina A Visão dos Invisíveis, em que moradores de rua receberam câmeras e fizeram cliques pela capital mineira. As projeções Lira, de Caroline Andrade, e Invisibilidade Social, de Ana Alvarenga, André Veloso, Daniel Protzner e Ramon Brant, completam a programação do telão da Praça da Liberdade.

Dentro do museu, na atividade Corpo e Percepção Sonora, o visitante, de olhos vendados, será guiado e também guiará alguém pelas exposições. A ideia é realizar uma inversão de papeis que proporciona a experiência de sensações e detalhes que não damos muita atenção no dia-a-dia, como nuances de tons de voz, sons ambientes, texturas e cheiros. Estão abertas 15 vagas para a visita guiada, que ocorre de 21 a 23 de fevereiro, sempre às 15h30. Já a Oficina Inventário do Invisível abordará o universo museológico, convidando os participantes a uma imersão nas exposições através de visitas experimentais, com foco nas capacidades perceptivas e sensíveis do ser humano. A intenção é explorar a relação das pessoas com o museu, descobrindo o que não é visto ou percebido. Em seguida, os alunos da oficina serão convidados a um exercício de arte manual, gerando trabalhos coletivos que revelam a potência do invisível. A atividade acontece nos dias 21 e 22 de fevereiro, de 12h às 17h, e no dia 23, das 10h às 13h e das 14h às 17h.

O Festival de Verão UFMG, promovido pela Diretoria de Ação Cultural (DAC), acontece anualmente. Em 2017, as atividades ocorrem nos campi da universidade, no Centro Cultural, no Conservatório e no Espaço do Conhecimento. As matrículas podem ser feitas pelo site www.ufmg.br/festivaldeverao.

Programação

Fachada Digital, 19h às 23h
Invisibilidade Social, de Ana Alvarenga, André Veloso, Daniel Protzner e Ramon Brant
Data: 20/02

Montação: A Pluralidade da Performance, de Débora Nunes, Carol Morena e Elay Augusto
Data: 21/02

Lira, de Caroline Andrade
Data: 22/02

A Visão dos Invisíveis, de Akino Takeda e Jéssica Dionísio
Data: 23/02

Oficina Inventário do Invisível
Datas: 21 e 22 de fevereiro, 12h às 17h, e 23 de fevereiro, de 10h às 13h e de 14h às 17h

Visita Guiada Corpos e Percepção
Data: 21 a 23 de fevereiro
Horário: 15h30
Vaga: 15 vagas