Pesquisadores da Física abordam o primeiro registro do buraco negro localizado no centro da Via Láctea – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Pesquisadores da UFMG abordam o primeiro registro do buraco negro localizado no centro da Via Láctea

 

O dia 12 de maio de 2022 marcou a história! Nesta data, cientistas revelaram a primeira imagem de Sagitário A*, buraco negro localizado bem no centro da nossa galáxia. Obtida através do Event Horizon Telescope (EHT) –  projeto que reúne pesquisadores do mundo todo – a imagem é capaz de nos mostrar o gigante supermassivo que possui até quatro milhões de vezes a massa do nosso Sol. Captadas em 2017, a análise das imagens demoraram cerca de cinco anos até resultarem no registro divulgado no último mês.

 

O Sagitário A* é um buraco negro supermassivo. Embora a imagem só tenha sido divulgada agora, estudos sobre sua existência remontam à década de 1970.

 

O que são buracos negros?
Segundo pesquisadores do Grupo de Física Teórica Fundamental (GFT) da UFMG, buracos negros são corpos com campo gravitacional intenso, massivo e denso, característica que impede outros corpos e radiações de alcançar velocidade suficiente para sair de seu interior. O fenômeno ocorre, inclusive, com a luz. De acordo com o professor do Departamento de Física e coordenador do GFT/UFMG, Nelson Yokomizo, os estudos sobre buracos negros ganharam destaque com a teoria de gravitação de Albert Einstein. O cientista observou que os feixes de luz poderiam ser atraídos por corpos que tinham massa e, consequentemente, gravidade.

 

O  grupo da UFMG estuda inúmeros temas da astronomia, como teoria quântica de campos em espaços-tempos curvos, cosmologia, física matemática, relatividade geral e gravidade quântica. O GFT tem se dedicado também aos estudos sobre buracos negros por meio dos trabalhos de mestrado e doutorado desenvolvidos por Filipe Menezes.

 

O pesquisador é titular do canal Uai Física, criado durante a pandemia para divulgar assuntos que ele estuda na Universidade a um público ampliado. “A física não é para poucas pessoas, ela tem que ser para todo mundo”, defende Menezes.