Às margens do Córrego dos Pintos, hoje coberto pelo concreto da Avenida Francisco Sá, Maurício nadava e brincava com os amigos na infância. No lado oposto da cidade, Cássia Cristina, moradora do quilombo urbano Manzo Ngunzo Kaiango, viu os córregos do Cardoso e do Navio-Baleia terem suas águas esquecidas em meio à verticalização e à crescente poluição da região.
Apesar de canalizados e degradados, os córregos, nascentes e ribeirões de Belo Horizonte continuam a habitar a memória e o imaginário daqueles que tinham nas águas formas de sobrevivência, cultura e diversão. Na primeira mesa da programação À Margem: o Rio e a Cidade, Maurício Santiago e Cássia Cristina, ao lado do professor da Escola de Belas Artes da UFMG Carlos Falcié e da artista plástica e professora da Escola Guinard da UEMG Thereza Portes, fazem um resgate do passado recente das águas da capital mineira através de suas lembranças.
Memórias Líquidas acontece na quarta, dia 05 de abril, às 14h, no Espaço do Conhecimento UFMG. Ao longo do mês, a programação também conta com a mesa redonda BH pode volta a ser azul? e o aulão público Descobrindo Rios. As atividades são gratuitas e têm classificação livre.
O evento integra a programação da exposição À Margem: Água, Cultura e Território, que celebra os 20 anos do projeto Manuelzão, 7 anos do Espaço do Conhecimento UFMG e 90 anos da UFMG.
Mesa de debate Memórias Líquidas Quando: Quarta-feira, 05 de abril, às 14h Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH Entrada gratuita |
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