Conheça o povo Maxakali – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Conheça o povo Maxakali

 

 

Muito antes de ser conhecido como a terra do pão de queijo, o local onde hoje está Minas Gerais já era habitado por grupos indígenas. Ao longo do tempo, eles se depararam com uma série de questões — desaparecimento de florestas, epidemias, conflitos com homens brancos, formação de todo tipo de cidade — por isso, alguns deles se uniram em uma maior coletividade: o povo Maxakali. Que tal descobrir mais sobre esse outro mundo? Vem com a gente!

 

Nome próprio

Todo povo indígena tem um nome pelo qual é conhecido, e essa denominação é chamada de etnônimo. Maxakali é um exemplo: esse povo é conhecido no Brasil por meio dessa denominação. Mas, entre eles, o termo usado é outro: Tikmũ’ũn, a combinação de termos como tihik, que significa homem, e mu’un, que tem o sentido de grupo e inclusão. Na tradução para a língua portuguesa, essa ideia pode ser transmitida por apenas três letrinhas: nós.

 

Aldeias e municípios

O povo Maxakali vive em quatro áreas de Minas Gerais: nas aldeias de Água Boa, no município de Santa Helena de Minas; em Pradinho e Cachoeira, no município de Bertópolis; em Aldeia Verde, no município de Ladainha, e no distrito de Topázio, em Teófilo Otoni. Essas são algumas das menores terras indígenas do país e abrigam, juntas, cerca de 2.500 pessoas.

 

Idioma brasileiro

O português está longe de ser o único idioma falado no território brasileiro. Atualmente, existem cerca de 274 línguas indígenas por aqui. Elas estão distribuídas em famílias linguísticas que constituem o chamado tronco linguístico. No Brasil, são dois: o Tupi e o Macro-Jê. O povo Tikmũ’ũn é falante da língua maxakali, do tronco linguístico Macro-Jê.

 

Sueli e Isael são curadores indígenas, na exposição, e mostram um pouco do povo Maxakali

 

Gostou do texto? Há muito para conhecer sobre os povos indígenas brasileiros, não é? E ninguém melhor para nos contar a história dos Maxakali do que eles próprios! Pensando nisso, o Espaço do Conhecimento UFMG realizará a mostra Mundos Indígenas, a partir de 3 de dezembro de 2019, com lançamento marcado para 03 de dezembro. A exposição, que tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH e BDMG Cultural, apresentará cinco povos – Ye’kwana, Yanomami, Xakriabá, Pataxoop e Tikmũ’ũn – e contará com curadoria indígena.

 

 

Fontes:

OBSERVATÓRIO DA SAÚDE INDÍGENA

DE OLIVEIRA, Mileide Terres. Etnolinguística: Semelhanças e Diferenças Tupi e Macro-jê. Revista Científica da Ajes, v. 4, n. 8, 2013.