Conversas de Terreiro: Sérgio Pererê (Multiverso) – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Conversas de Terreiro: Projeto “Multiverso” inaugura temporada dedicada à arte negra no Espaço do Conhecimento UFMG

Ciclo inédito estreia com performance conduzida pelo músico Sérgio Pererê, neste sábado (24/05), às 17h

 

19 de maio de 2025

 

Pensar também é dançar, rimar, tocar e respirar junto. É com essa premissa que o projeto Conversas de Terreiro inicia sua potente trajetória no Multiverso, iniciativa da Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult) que integra o Circuito Cultural UFMG. Em sua nova temporada, o Espaço do Conhecimento UFMG recebe, a cada mês, artistas negros e negras que, por meio do canto, da música, da dança, da performance e da oralidade, convidam o público a vivenciar formas de conhecimento afrocentradas e plurais, que ultrapassam as fronteiras entre arte e ciência.

 

Segundo Gil Amâncio, Professor do curso de Teatro da UFMG, artista e coordenador do ciclo de apresentações, a proposta surge da necessidade de alargar a presença do conhecimento baseado em matrizes africanas, nos espaços institucionais e acadêmicos. “A música, a dança, o canto, a performance e a experiência artística têm um papel fundamental na produção e na circulação do conhecimento afrodiaspórico porque a gente não produz apenas uma obra estética. A gente produz também um ‘pensar-agir’, a partir do corpo, da ancestralidade e do território, que é proveniente de uma racionalidade e de um processo de elaboração do saber. O nosso objetivo é romper essa dimensão que ainda está presa no pensamento dicotômico: a arte de um lado e a ciência de outro. Nos terreiros, nas aldeias, nos quilombos, ambos estão em um atravessamento constante que promove até mesmo a cura”, explica Gil.

 

O primeiro encontro do “Conversas de Terreiro” receberá o artista Sérgio Pererê, no dia 24 de maio (sábado), às 17h. Em uma performance que reúne música e prosa, Pererê compartilhará suas experiências e vivências em viagens à África, guiando o público por um mergulho sensível e coletivo na ancestralidade africana. O artista realizará uma performance autoral que une canto, flauta, charango e mbira. A entrada gratuita é livre para todos os públicos e não é necessário retirar ingressos.

 

Sérgio Pererê

Mineiro de Belo Horizonte, cantor, compositor e multi-instrumentista. Fortemente influenciado pelas raízes africanas, transita por variados estilos sem perder seus traços característicos. Com mais de 15 álbuns gravados, Sérgio Pererê levou sua arte a diversos países, conectando a potência ancestral e a música.

 

Conversas de Terreiro é um bate-papo sonoro, visual e performático com artistas que trabalham a arte negra na Região Metropolitana de BH. A cada mês, o Espaço do Conhecimento UFMG será tomado pelo protagonismo de vozes negras por meio do canto, da dança, da música, da poesia e de performances — não apenas como expressão estética, mas como forma de pensar o mundo e relacionar vivências com os modos africanos e afrodiaspóricos de fazer arte. Inspirado nos terreiros, nas giras, nas quebradas, nas praças e na inteligência ancestral africana, o projeto propõe encontros vivos entre arte e ciência, superando dicotomias e afirmando que pensar também é dançar, rimar, tocar e respirar junto.

 

Multiverso

Gratuito e aberto ao público, o Multiverso acontece desde 2017 e, nesta edição especial, se conecta com a tradição e potência da arte afrodiaspórica. As apresentações integram o Circuito Cultural UFMG, realizado pela Pró-reitoria de Cultura (Procult), em parceria com os museus e espaços de cultura da Universidade.

 


 

Serviço: “Conversas de Terreiro”, com Sérgio Pererê (Multiverso)

Quando: 24/05 (sábado), às 17h – Entrada livre e gratuita, sujeita à lotação

Público: Crianças, jovens, adultos e idosos

Duração aproximada: 1h

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

 


 

O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, sessões de planetário, debates, oficinas e ações educativas diversas. O museu integra a Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade e conta com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA) e a Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) no desenvolvimento de seus projetos. Integrante do Circuito Liberdade, é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. As ações do Espaço do Conhecimento UFMG são viabilizadas por Leis de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, da Cemig e da CYMI.

 

Sobre o Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$ 190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2023, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

 

Sobre a Cemig

Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.  Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.  Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.