Exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra” chega ao Espaço do Conhecimento UFMG – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra” chega ao Espaço do Conhecimento UFMG nesta terça-feira (15)

Com entrada livre e gratuita até o dia 10 de agosto, mostra apresenta resultados do projeto Hãmhi Terra Viva, realizado com o povo Tikmũ’ũn-Maxakali

 

15 de julho de 2025

 

Para resistir e lutar contra os projetos de devastação de seus territórios, os Tikmũ’ũn-Maxakali mantêm fortes os laços que unem sua língua, suas culturas e seus saberes sobre a Mata Atlântica. Em um gesto de reverência e cuidado com o meio ambiente, que visa fortalecer reflexões sobre a recuperação de terras indígenas, o Espaço do Conhecimento UFMG recebe, a partir desta terça-feira (15/07) a exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra”. Anteriormente exibida no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a mostra chega ao museu e convida o público a mergulhar nos sonhos de preservação ambiental que conectam gerações.

 

A exposição apresenta os resultados iniciais do projeto Hãmhi Terra Viva, fruto do encontro entre saberes ancestrais do povo Tikmũ’ũn-Maxakali e práticas da agroecologia, que já promoveu a restauração de 156 hectares de áreas degradadas e a implantação de 60 hectares de quintais agroflorestais. Por meio de fotografias, cantos tradicionais dos espíritos yãmĩyxop e textos que contextualizam as ações realizadas pelo projeto, a mostra revela uma potente experiência de reconexão com a terra, a Mata Atlântica e a vida em comum.

 

“Hãmhitupmã: alegrar a terra” estará disponível no hall do 5º andar do Espaço do Conhecimento, com visitação gratuita e livre para todos os públicos, até o dia 10 de agosto de 2025. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 17h, e aos sábados, das 10h às 21h.

 

Hãmhitupmã: alegrar a terra

Na língua dos Tikmũ’ũn-Maxakali, a palavra hi diz respeito a tudo que vive ou se movimenta: uma pessoa, um bicho, uma árvore, e mesmo as imagens da TV são “vivas”. A palavra alegria, por sua vez, é hitup: “vivo de novo”. Quando uma pessoa se recupera de uma doença, diz-se que ela “se alegrou”, isto é, que está viva novamente. “Hãmhitupmã: alegrar a terra” é um convite a curar uma terra adoecida pela devastação que já se arrasta há mais de dois séculos nos territórios destes povos. 

 

Projeto Hãmhi Terra Viva

Realizado pelo Instituto Opaoká e viabilizado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio do Núcleo Semente, e em parceria com o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, do Patrimônio Cultural e da Habitação e Urbanismo (CAOMA) e o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Apoio Comunitário, Inclusão e Mobilização Sociais (CAO-Cimos). Iniciado em junho de 2023, tem como eixo principal a formação de 30 agentes agroflorestais e 16 viveiristas Tikmũ’ũn-Maxakali para a restauração ambiental e a produção de alimentos, aliando conhecimentos tradicionais aos princípios da agroecologia. O Hãmhi semeia alternativas para a juventude Tikmũ’ũn-Maxakali e a juventude do campo, gerando renda nos territórios e as engajando na principal tarefa do século: enfrentar a crise climática.

 


 

Serviço: Exposição “Hãmhitupmã: alegrar a terra”

Visitação: 15/07 (terça-feira) a 10/08 (domingo)

Terça a domingo, das 10h às 17h | Sábados, das 10h às 21h

Público: Crianças, jovens, adultos e idosos – Entrada livre e gratuita

Onde: 5º andar – Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

 


 

O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, sessões de planetário, debates, oficinas e ações educativas diversas. O museu integra a Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade e conta com a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA) e a Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) no desenvolvimento de seus projetos. Integrante do Circuito Liberdade, é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. As ações do Espaço do Conhecimento UFMG são viabilizadas por Leis de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, da Cemig e da CYMI.

 

Sobre o Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$ 190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2023, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. 

 

Sobre a Cemig

Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig segue investindo e apoiando as diferentes produções artísticas existentes nas várias regiões do estado. Afinal, fortalecer e impulsionar o setor cultural mineiro é um compromisso da Companhia, refletindo seu propósito de transformar vidas com energia.  Ao abraçar a cultura em toda a sua diversidade, a Cemig potencializa, ao mesmo tempo que preserva, a memória e a identidade do povo mineiro. Assim, os projetos incentivados pela empresa trazem na essência a importância da tradição e do resgate da história, sem, contudo, deixar de lado a presença da inovação.  Apoiar iniciativas como essa reforça a atuação da Cemig em ampliar, no estado, o acesso às práticas culturais e em buscar uma maior democratização dos seus incentivos.