Perdendo o Céu Escuro: sessão comentada retorna ao Planetário – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Perdendo o Céu Escuro: sessão comentada sobre corpos celestes “perdidos” na paisagem noturna retorna ao Planetário do Espaço do Conhecimento UFMG

A sessão resgata, nesta atração única em Minas Gerais, objetos astronômicos cuja visibilidade é prejudicada pela poluição luminosa das grandes cidades

 

08 de janeiro de 2024

 

Escondido pela forte luminosidade emitida por postes, holofotes, faróis, painéis e lâmpadas que permeiam os meios urbanos, um verdadeiro espetáculo da natureza se perde nas noites das nossas cidades e metrópoles. Galáxias, aglomerados, nebulosas, estrelas e a própria Via Láctea têm sua visibilidade afetada pelas milhares de luzes artificiais que iluminam o céu, impossibilitando o contraste necessário para que estes objetos celestes de brilho difuso possam se destacar na paisagem noturna. Segundo o estudo publicado em 2023 pela Globe at Night, um programa de ciência cidadã da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, há um aumento do brilho do céu de 9,6% ao ano. Com o crescimento populacional, as novas tecnologias e a expansão das cidades, o número de lugares onde se é possível presenciar um céu verdadeiramente escuro diminui em um ritmo acelerado, o que tem efeito direto sobre as formas de vida na Terra. 

 

Com o intuito de destacar os objetos celestes e sua visualização no céu como uma importante herança cultural da história humana, bem como compartilhar os efeitos da poluição luminosa na astronomia, a sessão “Perdendo o Céu Escuro” retorna à programação do Planetário do Espaço do Conhecimento. De acordo com Nathalia Fonseca, assessora do núcleo de astronomia do museu, a sessão “busca conscientizar as pessoas sobre o impacto da poluição luminosa não só na visualização dos objetos celestes, mas também sobre as formas de vida na Terra.” Para a doutora em física, “estamos tão imersos na vida urbana e acostumados a realizar diversas tarefas durante a noite com a iluminação artificial que não nos damos conta que isso afeta diversos aspectos da nossa vida.”

 

Em uma experiência imersiva nesta sessão comentada pela equipe do Núcleo de Astronomia do museu, a partir de janeiro de 2024, às terças e sextas-feiras sempre às 16h, os visitantes poderão tirar suas dúvidas e se encantar com corpos celestes passíveis de identificação apenas em locais de baixa iluminação artificial. Alguns deles, como Via Láctea, Grande Nuvem de Magalhães e Plêiades, são Objetos de Céu Profundo que compõem o Calendário Astronômico 2023-2024, produção inédita do museu, e podem ser explorados pelo público em seus aparelhos eletrônicos.

 

Planetário

Em um domo de 9 metros de diâmetro, os visitantes do museu podem explorar os mistérios do universo em filmes digitais fulldome e sessões comentadas. Em um ambiente imersivo, projetores permitem a exibição de sessões regulares ao longo do dia sobre as mais diversas temáticas relativas ao cosmos, em um ambiente com cadeiras reclináveis e sala climatizada. Os ingressos para a atração tem o preço de R$10 (inteira) e podem ser adquiridos na recepção do Espaço do Conhecimento UFMG.

 

Calendário Astronômico 2023-2024

De solstício a solstício de inverno, a nova edição do calendário digital do museu tem como temática central os Objetos de Céu Profundo, corpos externos ao Sistema Solar e identificáveis, em sua maioria, a olho nu. Em um mergulho no universo da astronomia, o público conhece virtualmente, mês a mês, informações sobre 13 destes objetos, como nome, classificação, distância, constelação em que se localiza, código de catalogação, curiosidades e melhores meses de visibilidade.

 


 

Sessão de Planetário “Perdendo o Céu Escuro”

Quando: 05, 09, 12, 16, 19, 23, 26 e 30 de janeiro, às 16h (terças e sextas)

Classificação: livre

Duração aproximada: 30 minutos

Onde: Planetário do Espaço do Conhecimento UFMG (5° andar) – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários

 


 

O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o museu é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço integra a Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade e conta com o apoio da Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade (FRMFA) e da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep) no desenvolvimento de seus projetos. É amparado pelas Leis Federal, Estadual e Municipal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH e da Cemig.

 

Sobre o Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completa 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou mais de R$ 170 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. 

 

Sobre a Cemig

A Cemig é a maior incentivadora de cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país. Ao longo de sua história, a empresa reforça o seu compromisso em apoiar as expressões artísticas existentes no estado, de maneira a abraçar a cultura de Minas Gerais em toda a sua diversidade. Além de fortalecer e potencializar as diferentes formas de produção artística, a Cemig se apresenta, também, como uma das grandes responsáveis por atuar na preservação do patrimônio material e imaterial, da memória e da identidade do povo mineiro.  Os projetos patrocinados pela Cemig, por meio da Lei Estadual e/ou Federal de Incentivo à Cultura, têm por objetivo beneficiar o maior número de pessoas, nas diferentes regiões do estado, promovendo a democratização do acesso às práticas artísticas. Assim, investir, incentivar e impulsionar o crescimento do setor cultural em Minas Gerais reflete o posicionamento da Cemig em transformar vidas com a sua energia.