Mesmo com o fim do Festival de Verão UFMG, a Fachada Digital do Espaço continua exibindo imagens que questionam a invisibilidade social. Para muitos, ser e estar no mundo é um desafio diário, impedindo o exercício da cidadania e a conquista de direitos. Ser representado nas imagens constitui uma forma de reconhecimento.
Vários artistas realizam produções fotográficas que tensionam as formas de visibilidade e invisibilidades ao registrar personagens sociais marginalizados. Seus trabalhos foram divulgados na Fachada Digital durante o Festival de Verão. As projeções que fogem das formas convencionais de representar moradores de rua, mulheres e Drag Queens serão mantidas no telão da Praça da Liberdade durante todo o mês de março.
À procura da visibilidade
Perucas exuberantes, maquiagem e muita purpurina compõem um visual cercado de glamour e ostentação. Sob o olhar de admiração e desejo da platéia, personagens vivenciadas por pessoas comuns se valem da magia de símbolos dos universos feminino e masculino para tensionar os limites entre as identidades de gêneros e orientações sexuais. Resultado do Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos Débora Nunes, Carol Morena e Elay Augusto, graduandos em Comunicação Social pela UFMG, o projeto Montação: A Pluralidade da Performance exibe fotos da preparação de Drag Queens, evidenciando a construção de suas personagens e performances.
O público também pode conferir o resultado da oficina A Visão dos Invisíveis, em que moradores de rua receberam câmeras e fizeram cliques pela capital mineira. O cotidiano marcado por relações de amizade e afeto, mas também de preconceito e discriminação, tomam forma por meio das imagens.
As projeções Invisibilidade Social, de Ana Alvarenga, André Veloso, Daniel Protzner e Ramon Brant, e Lira, de Caroline Andrade, completam a programação.