“Porque eu só preciso de pés livres, mãos dadas e olhos bem abertos”. Com esse verso de um poema consagrado de Guimarães Rosa, a Vice-Reitora da UFMG, Profa. Sandra Regina Goulart Almeida, abriu a exposição À Margem: Água, Cultura e Território no Espaço do Conhecimento. A frase simboliza pontos caros à missão do centro de divulgação da cultura científica e artística: uma posição crítica em relação ao contexto em que vivemos e a importância das parcerias, que possibilitam realizações como a nova mostra.
A partir desta semana, o Espaço apresenta a exposição, que é fruto de um trabalho conjunto com o Projeto de Extensão Manuelzão, da UFMG, e faz um passeio pela Bacia das Velhas. “Os rios estão marginalizados, destituídos de identidade no meio urbano. A exposição vai contar um pouco da história da Bacia, da história do projeto e mostrar à sociedade a importância do rio”, disse o coordenador do Manuelzão, Marcus Vinicius Polignano, durante a solenidade.
A mostra é patrocinada pela Unimed-BH e o Instituto Unimed-BH por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Presente na cerimônia, o diretor financeiro do Instituto Unimed-BH e diretor de Serviços Próprios da Unimed-BH, Paulo Pimenta, lembrou de sua infância à beira do Rio Doce: “A exposição é de grande valor emocional para todos nós, pois tem um papel na formação da nossa identidade e cultura”.
O lançamento de À Margem marca as comemorações dos 90 anos da UFMG, 7 anos do Espaço do Conhecimento, 20 anos do projeto Manuelzão e 46 anos da Unimed-BH. A Diretora Científico-Cultural do Espaço, Ana Flávia Machado, reforçou que a mostra pretende compartilhar com a cidade o que é produzido na UFMG. “Temos a sensação de algo realizado, de um trabalho que entende o Espaço como extensão da universidade”, disse durante a cerimônia.
A exposição temporária À Margem conta a história das águas da Bacia das Velhas, crucial para o surgimento de Belo Horizonte. Até 18 de junho, os visitantes poderão entender o caminho do rio, desde sua nascente até seu curso por campos e cidades, e compreender como áreas verdes preservadas e de um saber tradicional próprio da cultura dos povos ribeirinhos convivem com esgoto, resíduos industriais, agrotóxicos e assoreamento.
À Margem: Água, Cultura e Território Data: 21 de março a 18 de junho Local: Segundo Andar do Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH |
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