Uma aventura pra lá de congelante – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Exposição traz frio e escuridão da Antártica para o Espaço

 

 

Em regiões próximas à Linha do Equador, como no território brasileiro, viver grande período do ano sob baixas temperaturas e na mais completa escuridão parece inimaginável. Mas, no extremo sul do Planeta, onde habitam inúmeras espécies de animais, plantas e micro-organismos em blocos de gelo milenares, essa é uma realidade comum.

Para experimentar esse outro lado, não é preciso percorrer os mais de oito mil quilômetros que nos separam do continente mais frio e seco da Terra. A nova exposição do Espaço do Conhecimento UFMG, Expedição Antártica, leva o público a sentir na pele condições extremas de sobrevivência.

A mostra conta com três cápsulas sensoriais que simulam o vento forte, a dificuldade de andar na neve e a escuridão do inverno, quando ocorre o fenômeno celeste da aurora austral. As cápsulas remetem à pesquisa multidisciplinar MediAntar, que desenvolve estudos sobre antropologia e medicina polar. A mostra pode ser conferida até abril de 2018.

 

Sentindo a Antártica na pele
Eles não chegam a ser tão fortes quanto os tornados e furacões, mas são capazes de provocar grandes estragos: os ventos da Antártica podem alcançar mais de 100 km/h. Ao entrar na primeira cápsula, os visitantes poderão experimentar esse fenômeno climático e a sensação térmica do frio do continente, onde a temperatura média no verão é de -10° Celsius.

Adaptar-se a essas condições não é tarefa nada fácil para o corpo humano, o que é explorado na segunda cápsula: o esforço físico de andar na neve. O público vai percorrer o chão que simula a superfície congelada, em um relevo que dificulta a locomoção.

Esse branco da neve que cobre toda a paisagem Antártica contrasta com a ausência de luz do inverno, quando o continente mergulha, por meses, na mais completa escuridão. Nas regiões continentais, o único lampejo que rompe a paisagem é a aurora austral, que enche o céu de cor. Ela será exibida na terceira cápsula, em que os visitantes poderão admirar o fenômeno celeste.

Todas essas experiências podem gerar intensas sensações de desconforto e influenciam diretamente em aspectos fisiológicos e psicológicos dos pesquisadores que trabalham na Antártica, afirma Rosa Arantes, coordenadora da pesquisa MediAntar. A proposta das cápsulas é que o público experimente como é viver por meses no continente. “A experiência Antártica expõe as fragilidades que nós temos. Se você ficar sozinho, não sobrevive. É preciso trabalhar em equipe, lidar com as diferenças e diversidades na convivência”, ressalta.

 

Expedição Antártica é uma parceria com a Unimed-BH e o Instituto Unimed-BH e fica em cartaz até abril de 2018. A mostra foi desenvolvida em conjunto com as equipes dos projetos de pesquisa da UFMG MycoAntar, Paisagens em Branco e MediAntar, que realizam estudos de biologia, arqueologia e antropologia e medicina polar, respectivamente. A Universidade mineira é a que mais tem pesquisas no local entre instituições brasileiras, o que tem rendido bons resultados, pouco conhecidos pela população.

 

 

Exposição Expedição Antártica
Quando: De 7 de dezembro de 2017 a 29 de abril de 2018
Onde: 2º e 5° andares do Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700, Funcionários, BH
Entrada gratuita