Jornada de estudos

Sob o tema “À escuta de mundos possíveis: músicas, cenas, territórios”, pesquisadores, artistas e público irão refletir sobre a relação entre música e a cidade. A jornada acontece no dia 21 de julho, das 10 às 20h, focando estudos pontuais sobre os usos dos sons e da música, as tensões e fricções que envolvem o sentido da escuta e das organizações sonoras em diferentes agrupamentos sociais, cenas e mundos da arte. A coordenação é de Lúcia Campos (Professora da Escola de Música UEMG/Pós-doutorado Escola de Música UFMG/ Doutora pela EHESS – Paris).

Local: Conservatório UFMG (Limitado a capacidade do espaço )

Aberta ao público em geral. Para obtenção de certificado, é necessária inscrição prévia.

  • 10h – Introdução à Jornada

    À escuta de mundos possíveis
    Lúcia Campos - professora da Escola de Música da UEMG, pós-doutora pela Escola de Música da UFMG, doutora pela EHESS – Paris

    De uma cidade a outra, de um território a outro, a música está presente no cotidiano da vida comum. Cria ambientes, relações, pertencimento. Provoca conflitos e mal-entendidos. Move profissões, crenças, gostos e afetos. A música é parte fundamental do material cultural com o qual as “cenas” são fabricadas, cenas que envolvem práticas musicais, processos criativos, redes de sociabilidade, diversos modos de escuta e diferentes modos de vida, cenas que são muitas vezes situadas em âmbito local e conectadas em âmbito global. Nesta jornada de estudos, vamos refletir sobre a relação da música com a cidade, a partir de estudos pontuais sobre os usos dos sons e da música, sobre as tensões e fricções que envolvem o sentido da escuta e das organizações sonoras em diferentes agrupamentos sociais, instituições, cenas e mundos da arte.

    Horário: 10 às 10h20

  • 10h20 – Painel temático: “Mundos da música”

    Mediação: Luiz Henrique Assis Garcia - historiador, professor da Escola de Ciências da Informação da UFMG

    A cena do metal em BH (anos 1980-1990)
    Palestrante
    Flavio Garcia (Mestrado - UFMG)

    Gosto e autenticidade no novo sertanejo
    Palestrante
    Bruno Rocha (Mestrado - UFMG)
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    Mediação: Sandrine Teixido - antropóloga, doutora pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS - Paris)

    Beatmakers e o mundo do rap em BH
    Palestrante
    Michel Brasil (Mestrado - UEMG)

    Etnografia de processos criativos em música contemporânea
    Palestrante
    Matthias Koole (Doutorado - UFMG)

    Horário: 10h20 às 12h

  • 14h – Painel temático: “Música no cotidiano”

    Mediação: Leonardo Pires Rosse - doutor em Etnomusicologia pela UFMG

    Sentidos do fazer musical em um centro espírita
    Palestrante
    Hozana Passos (Mestrado - UFMG)

    Práticas musicais dos Pataxó nas escolas regulares de Belo Horizonte: trocas culturais e afirmação identitária
    Palestrante
    Daniele Fisher (Mestrado - UFMG)

    Fronteiras urbanas: organização sonora e sociabilidade
    Palestrante
    Márcia Guerra (Doutorado - UFMG)

    Horário: 14 às 15h30

  • 16h – Mesa-redonda: “Música e cidade”

    Mediação: Lúcia Campos - professora da Escola de Música da UEMG, pós-doutora pela Escola de Música da UFMG, doutora pela EHESS – Paris

    Debatedores:

    Brisa Marques, compositora, jornalista, diretora artística da Rádio Inconfidência
    Luísa Mitre, pianista, compositora
    Luiz Henrique Assis Garcia, historiador, professor da Escola de Ciências da Informação UFMG
    Makely Ka, músico, compositor
    Sandrine Teixido, antropóloga, doutora pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais (EHESS – Paris)
    Stanley Levi, violonista, professor Escola de Música UEMG

    Horário: 16 às 18h

  • 19h – Exibição de documentário

    Exibição do documentário Territórios de invenção (2017), com a presença do diretor, Pedro Aspahan.

    Como a música inventa territórios? Esta pergunta atravessa as residências artísticas retratadas neste documentário, cuja trajetória nos leva a seis cidades de Minas Gerais. Abordando a criação musical sob diferentes ângulos, as residências abarcam desde patrimônios musicais a serem reinventados até formas artísticas contemporâneas. A música torna-se espaço de invenção, de formação e de resistência através dos modos de escuta compartilhados por músicos e educadores. A música é matéria, enredo e território comum, percorrido através dos olhos e ouvidos de Pedro Aspahan.