Pesquisadora em Foco: Edélzia Sousa e Francinete Duarte, editoras do Caderno de Ciências Agrárias

Edélzia Sousa

Edélzia Sousa é bibliotecária do Instituto de Ciências Agrárias da UFMG há 20 anos e, em 2009, ao lado da Profª. Anna Christina de Almeida, idealizou a criação do periódico Caderno de Ciências Agrárias (ICA) com o objetivo de publicar os artigos técnicos e científicos dos(as) pós-graduandos(as) do Instituto. Desde esse período, ela exerce as funções de editora e revisora do Caderno e de outras publicações técnico-científicas do ICA. O periódico, segundo Edélzia Sousa, foi tornando-se cada vez mais importante na área e, desde 2015, vem passando por uma revisão que tem como objetivo a melhoria da sua qualificação no sistema de avaliação Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES). Além disso, a partir de 2015, a versão online do Caderno passou a ser publicada na plataforma SEER e, em 2016, já não conta mais com versão impressa.

Edélzia Sousa tem outras experiências concernentes aos periódicos científicos, tendo atuado na implementação dos treinamentos oferecidos à comunidade acadêmica do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) ao Portal de Periódicos CAPES. Muito dessa vasta experiência foi adquirida com a prática cotidiana do trabalho com publicações científicas, assim como com a sua formação por meio da realização de cursos e leituras diversas. Sobre a importância do papel da mulher no campo científico, a partir da sua própria experiência, ela conclui que “sempre presente, a mulher contribui de forma homogênea para o desenvolvimento da pesquisa científica no Brasil”.

Francinete Veloso Duarte

Francinete Veloso Duarte é professora do Ensino Básico e Tecnológico do Instituo de Ciências Agrárias da UFMG e desde 1991 atua em periódicos científicos. Sua primeira experiência se deu com o lançamento da revista SPIN, da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), na qual participou do corpo editorial até 1992 e, desde 2015, exerce a função de editora no periódico Caderno de Ciências Agrárias. Ela destaca a importância da migração do periódico para a plataforma eletrônica, que amplia as possibilidade de divulgação da produção científica abrangendo áreas diversas, como ambiental, ciências humanas e sociais aplicadas.

Apesar do significativo crescimento do número de mulheres pesquisadoras ao longo dos últimos anos, para Francinete Duarte a academia ainda é um espaço masculino, pois “a atuação da mulher no campo científico ainda é incipiente apesar de termos grandes pesquisadoras, mas as mulheres ainda são discriminadas não sendo reconhecida a diferença de gênero existente entre homem e mulher”. Além disso, ela chama a atenção para o fato de que, mesmo com os novos rearranjos familiares da contemporaneidade, a mulher ainda continua a ser a maior responsável pelas questões domésticas e familiar, sendo necessário, dessa forma, “pensar a mulher não apenas como profissional, mas em sincronia entre atividades e produtividade”, afirma.

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Isabelle Chagas