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Semana do Conhecimento: Mesa-redonda discutiu fomento a pesquisa no Brasil

terça, 18 de outubro de 2016, às 16:30

Como parte da programação da 25ª Semana do Conhecimento, aconteceu, na manhã terça-feira (18), a mesa-redonda ‘Fomento sustentável da pesquisa no Brasil’.

Participaram do evento o Reitor Jaime Ramirez e o pró-reitor de Pesquisa, Ado Jório de Vasconcelos. Além deles, também estavam presentes a presidente da SBPC, Helena Nader, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MTCIC, Álvaro Toubes Prata, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra, e o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) Evaldo Vilela.

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Na ocasião, houve um debate sobre o financiamento da ciência e tecnologia (C&T). Segundo matéria divulgada no site da UFMG, os convidados abordaram a evolução da pesquisa no país e como o campo da ciência é importante para o desenvolvimento social e econômico brasileiro. Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), destacou que o Brasil ainda investe pouco em pesquisa, ficando atrás de muitos países nos rankings mundiais de investimento em C&T.

Os possíveis impactos da Proposta de Emenda Constitucional 241/2016 foram destacados pelos participantes da mesa que, em sua maioria, veem a PEC como um retrocesso para a educação e para a pesquisa em ciência e tecnologia do país.

“O dinheiro que o país investe em educação e pesquisa já é pequeno, e a previsão é de que diminua muito mais, o que tornaria a pesquisa brasileira insustentável. A PEC 241 coloca em risco todas as conquistas do governo Lula, que acreditou e investiu no ensino e na pesquisa do Brasil. Educação, ciência e tecnologia não são gastos, são investimentos”, afirmou Helena Nader.

A pesquisadora acrescentou que mudanças na constituição são sempre delicadas. “Um ajuste fiscal que comprometa a educação e a saúde é um tiro no pé. Se precisarmos mudar a constituição toda vez que passarmos por uma crise econômica ficará claro que algo não está funcionando em nosso sistema político”, acrescentou.

O reitor Jaime Ramírez endossou a análise da presidente da SBPC. “Como cidadão, vejo qualquer alteração na nossa constituição como um desrespeito. A grande maioria da população brasileira não é contra o limite de gastos do governo, mas, sim, como esse limite está proposto na PEC. A UFMG se manifesta contra a PEC e temos clareza de que ela necessita de reparos profundos que preservem o que é fundamental, como a educação e a saúde” disse.

Fonte: Notícias UFMG