PET-Saú de UFMG / Produção Científica

Semana de Extensão UFMG 2013

TRABALHO: 27895 - Perfil dos pacientes com AVE em um Hospital de Grande Porte

Coordenador/Orientador: CIOMARA MARIA PEREZ NUNES

Co-autores: Josiane Moreira da Costa, Mayara Araujo Silva, Tatiana Simões Chaves, Thalita Ezequiel de Souza

Resumo:

Introdução: O PRO/PET saúde é uma iniciativa do governo Federal, em que se busca aliar a educação, a pesquisa e o trabalho em saúde. Um dos cenários de prática da linha de Urgência e Emergência foi o Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN), referência para a região Norte de Belo Horizonte e para municípios vizinhos. O hospital conta com uma linha de cuidado para pacientes vitimas de acidente vascular encefálico, correspondendo às necessidades do sistema de saúde, uma vez que doenças cardiovasculares, como o AVE, são a maior causa de óbitos e internações em pacientes acima de 40 anos. Além de possuírem um grande impacto físico, social e psicológico. A partir desse contexto percebe-se a importância de conhecer o paciente vitima de AVE atendido nesse hospital. Objetivos: Definir o perfil do paciente vitima de AVE atendido no HRTN. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e descritivo onde aplicou-se um questionário semiaberto a 160 pacientes internados no HRTN, com hipótese diagnostica de AVE. Desses 02 foram excluídos da pesquisa por não terem o diagnostico de AVE confirmado. A pesquisa foi realizada no período de dezembro de 2012 a abril de 2013, e foi realizada pelos acadêmicos do PRO/PET. Esses dados sofreram analise univariada. Resultados: A média de idade foi 66,5 anos, com extremos entre 25 e 97 anos. Com relação ao tipo de AVE 74,7% (118) dos entrevistados tiveram AVE do tipo isquêmico, 5% (8) foram do tipo hemorrágico. 12,7% (20) não foram especificados e 7,6% (12) apresentaram Acidente isquêmico Transitório (AIT). É interessante ressaltar ainda que 44,9% (71) dos entrevistados tiveram episódios anteriores, e 53,8% (85) sofreram o seu primeiro AVE. Em relação as comorbidades, destacam-se a hipertensão arterial (118; 49,7%) diabetes (42; 17,6%), e cardiopatias (14; 5,9%). Com relação ao uso de medicamentos foi constatado que 78,3% (123) dos entrevistados faziam uso de algum medicamento, sendo uma média de 03 fármacos por paciente. 74% (117) dos pacientes faziam acompanhamento regularmente em UBSFs. Conclusão: A maioria dos pacientes são idosos, o que está relacionado ao fato desses usuários possuírem maior número de fatores de risco, como doenças cardiovasculares e metabólicas, o que aumenta a possibilidade de agravos como esse. Mas é interessante notar que há extremos significativos de idade e acometimento de pessoas mais jovens. Com relação aos tipos de AVE, os isquêmicos são mais comuns e essa classificação é importante para a realização do tratamento e das estratégias de prevenção adequados. Apesar de possuir uma sintomatologia mais branda, considera-se a identificação do AIT relevante, por ter a fisiopatologia semelhante ao AVE, e por ser um marcador de pacientes que possuem predisposição ao AVE. Outra questão importante é que muitos usuários apresentam o episódio mais de uma vez, revelando uma alta recorrência e a dificuldade da prevenção e do tratamento pós-hospitalar. Quanto à presença de comorbidades é possível perceber uma alta prevalência. Além disso, as comorbidades mais frequentes são importantes fatores de risco para o AVE. Os dados relacionados ao uso de medicamentos reforçam a alta prevalência das doenças crônicas e revelam que essas doenças podem ser de difícil controle, exigindo combinação medicamentosa, com uma alta media de fármacos por usuário. Nesse caso seria interessante avaliar também a adesão ao tratamento para compreender melhor a dinâmica entre uso de fármacos, controle de doenças crônicas e episódios de AVE. O acompanhamento regular na UBSF é muito importante nessa realidade, principalmente no que se refere às doenças crônicas e a prevenção de agravos, como AVE. 


Abaixo os trabalhos apresentados do grupo:

TRABALHOS PET HRTN UPA VENDA NOVA