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PET-Saúde em pauta durante 2º Congresso Nacional de Saúde

08/11/2011

 Marísia Oliveira, Maria de Jesus (Zuzu), Lúcia Maria e Cláudia Lindgren

Foto por Bruna Carvalho

Ações desenvolvidas no âmbito do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) foram apresentadas e discutidas em mesa-redonda realizada na última sexta-feira, dia 4 de novembro, durante o 2º Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG. A atividade aconteceu dentro dos debates propostos pelo eixo Políticas de Promoção à Saúde das Universidades.

A conferência foi coordenada por Lúcia Maria Horta Figueiredo, professora da Faculdade de Medicina UFMG e contou com três palestrantes: Cláudia Regina Lindgren Alves, também docente da Faculdade de Medicina UFMG; Marísia Oliveira, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB); e Maria de Jesus Loredo Rocha, assistente social do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Micro-Região do Médio Jequitinhonha.

Cada conferencista levantou uma reflexão a partir das atividades que coordena. O PET-Saúde é um programa do Governo Federal que disponibiliza bolsas para desenvolvimento de atividades de extensão a tutores, preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes de graduação da área da saúde.

Reflexões

Marísia Oliveira tratou dos fundamentos dos projetos de extensão realizados em João Pessoa-PB, mostrando influências da psicologia humanista de Carl Rogers e da ideia de confiança no ser humano para a superação, baseada na “práxis libertadora” de Paulo Freire. Segundo ela, o PET-Saúde tem realizado grupos de encontro com os profissionais da saúde e também oferece apoio social às iniciativas e lutas que a comunidade vem desenvolvendo.

O cenário de Belo Horizonte foi apresentado pela professora Cláudia Lindgren. “No país, há mais de 12 mil pessoas envolvidas no PET-Saúde, divididas em 20 grupos temáticos, que trabalham em diferentes linhas de pesquisa, como a da saúde da mulher e a saúde do idoso. Em Belo Horizonte, são 268 bolsistas”, relatou. A professora destacou a multidisciplinaridade do projeto, que reúne professores e estudantes dos diversos cursos da área da saúde, fomentando uma visão geral de responsabilidade social. Outra característica realçada pela palestrante foi a opção do programa em focar na prevenção de doenças e na promoção de saúde.

A importância de serem ampliadas as ações de extensão no Vale do Jequitinhonha foi defendida por Maria de Jesus. Ela fez críticas à mídia que, muitas vezes, apenas evidencia a miséria e a pobreza, reforçando o senso comum e repelindo muitos universitários. Segundo ela, a região possui muitas riquezas e já apresenta avanços significativos, tais como a melhoria da infraestrutura. “O Vale está para o Brasil assim como o Brasil esteve para Portugal. Quem vai para lá, ou fica ou tem saudades”, afirmou.

A bandeira levantada por Maria de Jesus ganhou o apoio de Cláudia Lindgren: “Há uma grande dificuldade de fixação dos profissionais em áreas de alta vulnerabilidade. Atender às necessidades do sistema e da população é um desafio para nós”, concluiu.