[Jailson Bittencourt apresentou a chamada Agenda 2030. Foto: Foca Lisboa / UFMG]

O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Jailson Bittencourt de Andrade, ministrou palestra, na noite de terça-feira, 18, durante a 69ª Reunião Anual da SBPC, para fomentar a discussão sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) no ambiente acadêmico.

Estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2015, os 17 ODS se desdobram em 169 metas a serem atingidas até 2030 pelos países signatários. Os objetivos – que tratam de temas como pobreza e fome, empoderamento feminino, acesso à energia, redução da desigualdade, mudanças climáticas, conservação dos oceanos, entre outros – podem ser consultados no site das Nações Unidas.

Conforme matéria publicada no site do MCTIC sobre a vinda de Bittencourt à UFMG, a Agenda 2030 ganhou consistência no Brasil agora em junho, “com a posse de representantes do governo federal e da sociedade civil na Comissão Nacional para os ODS, sob coordenação da Secretaria de Governo da Presidência da República. Já o MCTIC começou a alinhar suas ações ao documento com a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti), válida de 2016 a 2022.”

Em sua palestra, Jailson recuperou a gênese dos ODS, “que remonta à Conferência de Estocolmo, em 1972”, e defendeu a importância de que a Agenda 2030 seja disseminada por professores e no meio educacional. “A universidade precisa fazer parte da solução”, disse.

O secretário deu exemplos de por que os objetivos devem ser analisados criticamente, à luz da realidade de cada país e de suas especificidades. “Cada um desses 17 objetivos tem uma leitura específica, e cada país precisa se enxergar neles”, defendeu.

Para Jailson, a questão da fome, por exemplo, exemplifica essa necessidade. “Em escala mundial, hoje, morrem muito mais pessoas de obesidade e com problemas de diabetes do que por fome. Isso não quer dizer que não exista a fome: existe muita fome no mundo, especialmente em locais de alta população, como a Índia. São vários sistemas, que precisam ser olhados com cuidado”, explicou.