[O movimento na Rua 25 de Março, maior centro de comércio popular de São Paulo – Foto: Marcelo Camargo Agência Brasil]

O diálogo com outros campos do conhecimento está na essência da demografia, área que procura captar, medir e entender o universo populacional. O assunto foi tema de mesa-redonda que reuniu, na tarde de quarta-feira, 19, representantes da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (Abep).

A mesa foi coordenada pelo presidente da Associação, Ricardo Ojima, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Ana Carolina Soares Bertho: diversidade de saberes. Foto: Carol Prado/UFMG

A professora Ana Carolina Soares Bertho, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou levantamento sobre o perfil dos alunos matriculados nos quatro cursos de pós-graduação em demografia do país – UFMG, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), IBGE e UFRN – e lembrou que cada demógrafo leva para sua formação a contribuição de seu campo de origem, uma vez que no Brasil não há cursos de graduação nessa área.

“Diferentemente do que ocorre em outros campos, em que profissionais estão cada vez mais especializados, nos estudos populacionais há um esforço para que a diversidade de saberes não apenas seja mantida, mas também estimulada”, comentou Ana Carolina Bertho.

Glaucia dos Santos Marcondes: interação entre profissionais. Foto: Carol Prado / UFMG

Glaucia dos Santos Marcondes, professora da Unicamp, falou sobre as diversas possibilidades de interação entre os profissionais que atuam em demografia, “área dinâmica que oferece a possibilidade de exploração de novos temas”. Ana Maria Nogales Vasconcelos, professora da Universidade de Brasília (UnB), analisou a contribuição da interdisciplinaridade para entender a diversidade das transformações demográficas brasileiras.

Ana Maria Nogales Vasconcelos: contribuição da interdisciplinaridade. Foto: Carol Prado / UFMG