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Forum mostra tendências
do filme documentário
Festival traz Eduardo Coutinho, representações
da favela e cinema realizado por esquimós
Realizado pela Fafich e pela Associação Filmes de Quintal, o Festival incorporou-se ao calendário cultural de Belo Horizonte e ampliou a discussão sobre esse gênero cinematográfico ainda pouco difundido no país. "Não existe uma cultura sólida do documentário no Brasil, e há certa confusão entre esse tipo de filme e outras formas de produção audiovisual, principalmente as reportagens de televisão", afirma Ruben Caixeta de Queiroz, professor do departamento de Ciências Sociais e Antropologia e coordenador do forumdoc.bh.2002.
Com número recorde de inscrições na mostra competitiva (153 filmes), o Festival comprova que está se firmando e alcançando expressiva divulgação, inclusive entre os produtores estrangeiros. "Recebemos filmes da China, França, Argentina e Hungria. Por isso, realizaremos duas mostras competitivas separadas: uma nacional e outra internacional", revela Paulo Maia, mestrando em Filosofia e coordenador da mostra competitiva.
Já na abertura, um destaque: a exibição, no dia 29, às 19 horas, na Sala Humberto Mauro, de Edifício Master, último documentário de Eduardo Coutinho. O diretor carioca, que participará de debate após a exibição, é um dos realizadores mais presentes nas edições anteriores do Festival. Outra atração do Festival é o filme ABC da Greve, de Leon Hirszman. A produção, que mostra o então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva à frente da primeira grande greve do ABC Paulista, no final dos anos 70, será exibida na sessão de encerramento do Festival, no dia 8 de dezembro, às 21 horas, também na Sala Humberto Mauro.
Na edição deste ano, o forumdoc.bh apresenta a mostra Imagens da Favela, que reúne 16 filmes e múltiplos olhares sobre a temática. A idéia de realizar a mostra partiu da recente discussão sobre cinema e favela gerada por uma leva de filmes encabeçada por Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meireles e Kátia Lund. De acordo com Luciana França, aluna de Ciências Sociais e uma das organizadoras da mostra, o forumdoc.bh pretende evidenciar que a relação da favela com o cinema é antiga. "Queremos mostrar outras formas de olhar a favela", enfatiza. Partindo da idéia de que as imagens não se limitam a apresentar uma realidade, mas também a produzem, ela diz que a mostra pretende debater as representações produzidas sobre a favela e suas conseqüências políticas e sociais. "O que essas imagens fazem? Ampliam o diálogo, trazendo as diferenças para perto e as afirmando de forma positiva, ou apenas reforçam a segregação e os estigmas?", questiona Luciana França.
A mostra Isuma Igloolik é outro destaque da programação do evento. Serão exibidos 21 filmes produzidos pela comunidade de Igloolik, no extremo noroeste do Canadá, com cerca de 1.200 habitantes. A comunidade, formada majoritariamente pela etnia Inuit, vive da caça e pesca. Os filmes apresentados no Festival mostram a cultura Inuit, através da dramatização de sua história e da documentação de sua realidade.
A íntegra da programação do Festival está na página www.filmesdequintal.com.br.