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Nº 1432 - Ano 30 - 01.4.2004

Laboratório da economia

PCA adota medidas simples e permanentes de redução do consumo de energia

Patrícia Azevedo

quadro atual de contenção de despesas vivenciado pelas instituições brasileiras, entre elas a UFMG, converge para uma questão que virou necessidade cotidiana: a economia de energia. E em períodos críticos, medidas emergenciais, como o desligamento de luzes e aparelhos elétricos, são amplamente adotadas. "Elas são formas de racionamento, medidas apenas temporárias e abandonadas tão logo o problema pareça estar resolvido", afirma o professor Manuel Losada, do departamento de Engenharia Elétrica da UFMG.

Losada defende um outro tipo de medida, representada pelo uso racional da eletricidade. Na Universidade há sete anos, o professor integrou a Comissão Interna de Energia Elétrica criada pela Reitoria da UFMG em 2001 - ano do "apagão" - e presidiu comissão com a mesma finalidade na Escola de Engenharia. Um ano antes, ele já havia transformado o Pavilhão Central de Aulas (PCA) em um grande laboratório da disciplina Conservação de Energia. Os próprios estudantes fizeram diagnósticos dos sistemas elétricos do prédio e buscaram formas para reduzir o consumo de energia. Esse trabalho resultou em soluções implementadas com sucesso pela Escola de Engenharia, que administra o PCA. "Conseguimos reduzir em mais de 20% o consumo de energia, sem comprometer a qualidade do funcionamento do prédio", afirma Losada.

Medidas simples de economia de energia e que até hoje vigoram no prédio foram propostas pela equipe do professor Losada. Em gabinetes ocupados por dois professores, por exemplo, havia apenas um interruptor para as quatro luminárias da sala. No entanto, quando apenas um professor se encontrava no gabinete, concentrado em um local específico, todas as luzes ficavam acesas. A solução adotada pelo professor foi a implantação de mais uma seção de interruptor, possibilitando o uso de apenas metade da iluminação. Medidas semelhantes foram implantadas nos corredores e salas de aula. Na biblioteca, que contava com apenas um interruptor para acender todas as 160 lâmpadas, foram instalados mais três interruptores como forma de reduzir o consumo.

Custo/benefício

Para realizar todas essas mudanças, a Escola de Engenharia investiu apenas R$ 2 mil. Mas o investimento, segundo o professor Losada, foi pago logo no primeiro mês com a economia obtida. Outras medidas que não necessitam de investimentos também foram adotadas. Além de aumentar o número de circuitos e interruptores, foi reduzida a quantidade de lâmpadas por luminárias, que passaram por uma limpeza para retirar a camada de poeira e aumentar a iluminação. "São medidas planejadas, que podem ser estendidas para toda a Universidade", defende o professor. Acompanhar os resultados, acrescenta Losada, também é fundamental para garantir a economia. "Sem acompanhamento, um projeto desses não dá certo nem em nossa casa, com poucas pessoas, quanto mais em lugares onde circula muita gente, como a Universidade", conclui o professor.


 

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