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Nº 1468 - Ano 31 - 13.1.2005

De malas prontas

Equipe da UFMG embarca para a Amazônia para participar da nova versão do Projeto Rondon

Ana Paula Ferreira



Professor Bernardo Gontijo, do IGC: diagnóstico em pauta

 

elo Horizonte-Tefé, com escala em Manaus. Esse é o roteiro de viagem previsto para a equipe mineira, composta por estudantes e um docente da UFMG, que integrará a nova versão do Projeto Rondon*. Neste sábado, dia 15 de janeiro, o geógrafo Bernardo Gontijo, professor do departamento de Geografia do IGC, acompanhado de quatro alunos da Universidade, embarcam, na Base da Pampulha, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), rumo à capital amazonense. Lá, eles participam, no dia 19, da abertura oficial do Projeto, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após a escala, o grupo parte para Tefé, no Amazonas, onde, em parceira com outras cinco instituições de ensino superior, desenvolverá seus trabalhos. Segundo o professor Gontijo, a equipe da UFMG coletará, nesta primeira etapa, dados para a produção de diagnóstico sobre as carências da região. “Avaliaremos as condições de saúde, infra-estrutura urbana, administração, meio ambiente e educação, entre outras áreas”, relata o professor.

Concluído o diagnóstico, a equipe de voluntários espera reunir condições para estruturar um plano de ação. “Queremos estabelecer parcerias com organizações privadas e com as universidades locais para que, no próximo período de férias, possamos implementar as medidas planejadas a partir do diagnóstico”, diz o professor, ressaltando que, a cada etapa, há intenção de incluir outros estudantes da UFMG no Projeto: “Isso fará com que a Universidade tenha atuação expressiva na região, a exemplo do que ocorre em Minas Gerais com o programa Pólo de Integração do Jequitinhonha e com o Projeto Manuelzão”.

O projeto

Inicialmente, a Universidade enviou seis projetos para o Ministério da Defesa, voltados para as áreas de meio ambiente, saneamento, saúde, educação, cultura, gestão econômica e desenvolvimento. Como a participação da UFMG foi restrita a apenas um projeto, formou-se uma equipe interdisciplinar com representantes da Faculdade de Odontologia, do Instituto de Ciências Biológicas, do ­Instituto de Geociências e da Escola de Arquitetura.

Grazielle Christine Maciel Mattos, estudante do 7º período de Odontologia e integrante da equipe, diz que o trabalho na Amazônia será fundamental para o crescimento profissional e pessoal dos participantes. “Manteremos contato com uma realidade econômica e social muito diferente daquela que conhecemos”, diz Grazielle, ao ressaltar que, após a experiência, os alunos terão visão mais ampla dos problemas e necessidades do país. “Esse tipo de conhecimento nos auxiliará na escolha das ­regiões que deveremos atuar quando nos formarmos”, completa. Os estudantes envolvidos farão diários de campo, a serem submetidos aos colegiados para integralização de créditos curriculares.

*A nova versão do Projeto Rondon, criado em 1967 e relançado a partir de sugestão feita pela União Nacional dos Estudantes (UNE) ao presidente Lula, em 2003, pretende incentivar a presença de instituições de ensino – públicas e particulares – no interior da Amazônia, através do trabalho voluntário de professores e estudantes. O projeto-piloto prevê a participação de 200 pessoas. A partir de julho, o número será dobrado. A meta do governo é envolver 20 mil universitários e docentes.

Faculdade de Direito é homenageada pela
Câmara de Deputados

Câmara dos Deputados homenageou, no dia 16 de dezembro, a Faculdade de Direito da UFMG e o Centro Acadêmico Afonso Pena (CAAP) em sessão realizada no plenário da Casa. Sugerida pelo deputado Leonardo Mattos, a cerimônia comemorou os 112 anos de fundação da Faculdade, completados no dia 10 de dezembro, e os 96 anos do CAAP. A homenagem foi aberta pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha. Participaram da solenidade a reitora Ana Lúcia Gazzola, o diretor da Faculdade, Aloísio Gonzaga, e o presidente do Centro Acadêmico, Renan Araújo de Freitas.

O deputado Leonardo Mattos, ex-integrante do CAAP, disse que propôs a homenagem à Faculdade de Direito e ao seu centro acadêmico por reconhecer que as duas instituições contribuíram decisivamente para a evolução da democracia brasileira.

O diretor da Faculdade, Aloízio Gonzaga, recebeu a homenagem com entusiasmo. “Ela representa o reconhecimento de uma tradição de ensino que sempre se pautou pelo compromisso com a qualidade e com os mais elevados princípios democráticos”, afirmou.