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Nº 1488 - Ano 31 - 16.6.2005

TV UFMG recebe recursos para produzir vídeos de divulgação científica

Flávio de Almeida

Centro de Comunicação (Cedecom) recebeu recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) para incrementar sua infra-estrutura de produção de vídeos. Os recursos, de R$ 30 mil, serão usados na compra de uma ilha de edição e de uma câmera DV, que se juntarão à atual estrutura, formada por duas ilhas e duas câmeras.

Assim, o Cedecom dá um passo decisivo para implantar um núcleo de produção videográfica, que tentará atender às necessidades de divulgação científica da Universidade. "Há enorme dificuldade em traduzir de forma correta, clara e atraente os conteúdos de ciência e tecnologia. Com o núcleo, queremos desenvolver investigações sobre o formato e linguagens mais adequados para a divulgação da ciência em vídeo", afirma a diretora do Cedecom, Maria Céres Pimenta Spínola Castro. Outro objetivo, segundo ela, é elaborar um manual de produção de vídeos educativos e de divulgação científica como resultado da experiência que o Cedecom espera acumular com a elaboração deste tipo de material.

Oficina

Antes mesmo de receber os dois equipamentos - cuja aquisição está em processo de licitação - a TV UFMG já fez incursões pela área da divulgação científica. Recentemente, a equipe da emissora e um grupo de alunos coordenado pelo professor Alfredo Luís Mateus, do Colégio Técnico, produziram cinco vídeos (de três minutos cada) que exploraram a capacidade que certos fenômenos científicos têm de gerar imagens atraentes. "Demos uma roupagem televisiva aos vídeos produzidos no Coltec", conta o coordenador da TV UFMG, Mário Quinaud. A série, exibida no programa Câmera Aberta, recebeu o nome de Ciência esteticamente viável.


Mário Quintano: roupagem televisiva
Foto: Eber Faioli

A TV UFMG também está ministrando oficina de roteiros de vídeo para cerca de 200 alunos do Coltec. Mário Quinaud espera que a iniciativa gere "experimentos televisivos", que também ganharão espaço na grade de programação da emissora.

Os equipamentos também reforçarão a produção rotineira da TV UFMG. "As nossas ilhas e câmeras já operam no limite", argumenta Quinaud. A ilha em processo de aquisição pode armazenar até 200 gigabytes de informações, o dobro da capacidade dos equipamentos do gênero em operação no Cedecom. A equipe da TV UFMG terá espaço em disco para armazenar de duas a três horas de imagens, o que "significa que teremos mais tempo para fazer uma edição de melhor qualidade", conclui o coordenador da TV.

Emissora estréia programa

O programa Mídia em Pauta , produzido em parceria com o Departamento de Comunicação Social da Fafich e com a TV Comunitária, é a nova atração da grade de programação da TV UFMG. A produção é um subprojeto do Programa de Apoio, Melhoria e Capacitação das Mídias Comunitárias (Promic), iniciativa de extensão da Universidade.

Todas as semanas, o programa abrirá espaço para discutir e refletir sobre a comunicação. Mídia em pauta vai ao ar aos domingos, às 21 horas, com reprise às quartas-feiras, às 11h30. A coordenação é da professora Carmen Dulce Diniz Vieira, e o núcleo de produção conta com três bolsistas e dez voluntários.

Outros programas da TV UFMG também apresentam novidades. O Câmera Aberta, revista eletrônica semanal, estreou dois novos quadros: Pílula pop, que abre espaço para novas bandas, músicos e DJ's; e Colher de chá, que traz dicas de saúde. A programação da TV UFMG é exibida pelos canais a cabo 14 (Way TV) e 12 (NET). Alguns programas também podem ser conferidos na página eletrônica www.ufmg.br.

Fapemig recupera capacidade de fomento

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) dá sinais de que está recuperando sua capacidade de financiar a pesquisa. Este ano, a agência, ligada ao Governo de Minas, já tem garantidos R$ 50 milhões para fomento, o maior orçamento de suas quase duas décadas de história. "Mas, possivelmente, fecharemos o ano com um orçamento de R$ 65 milhões", estima o diretor-científico da entidade, Mário Borges Neto.

A agência vem conseguindo recompor progressivamente sua capacidade de investimento. Em 2003, seu orçamento foi de R$ 25 milhões, saltando para R$ 38 milhões em 2004, ano em que agência conseguiu executar todo o orçamento previsto. "Não deixamos nada para 2005", garante Borges Neto.

A entidade, segundo o diretor-científico, também desenvolve trabalho de recuperação de sua credibilidade junto à comunidade científica mineira. Além de assegurar a liberação dos financiamentos contratados, a Fapemig adotou mecanismos de gestão para simplificar a tramitação e julgamento de projetos e lançou mão de novas modalidades de financiamento. Uma delas, o programa de apoio a recém-doutores, destinará somente este ano cerca de R$ 1,6 milhão para financiar 178 projetos de pesquisadores que acabaram de se doutorar.

A UFMG é a principal beneficiária dos recursos da Fapemig. Até o final do ano, a Universidade receberá R$ 8,7 milhões (17% do orçamento da agência). A quantia financiará, entre outras atividades, cerca de 90 projetos de pesquisa, além de bolsas de pós-graduação e de iniciação científica.