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Nº 1578 - Ano 33
21.5.2007

Felipe Zig
Placas - UFMG

Diga-me por onde andas...

Placas que identificam as ruas do campus Pampulha estampam pequenas biografias das personalidades homenageadas

Mauricio Guilherme da Silva Jr.

P

repare-se, leitor, para um passeio através do tempo. Contudo, antes que se imagine numa daquelas parafernálias tecnológicas de transporte intergaláctico, saiba que o fascinante retorno ao passado será possível apenas com o auxílio de pés e olhos. Ávido pela viagem, calce um bom tênis e siga rumo à plataforma de embarque: avenida Antônio Carlos, 6.627. Feitos os ajustes finais (cadarços soltos são sempre perigosos), comece a caminhar pelo campus Pampulha. Com os olhos, em vez de paisagens naturais e arquitetônicas, centre-se nas “estrelas” da aventura: pequenas – e misteriosas – placas de identificação das ruas.

Diante delas, o viajante, num átimo, perceberá “dimensões”, às vezes invisíveis, da relação entre passado e presente. Afinal, que universo de realizações há por trás de nomes como Francisco Mendes Pimentel, José Baeta Vianna, Eduardo Frieiro, Afonso de Moraes, Fernando Melo Vianna, Moacir Gomes de Freitas, Samuel Caetano Júnior ou Eduardo Mendes Guimarães? À tarefa lançou-se o pesquisador Guilherme Meirelles da Costa, do Projeto República, do departamento de História, como parte das iniciativas de resgate das oito décadas de fundação da UFMG.
“Compreender um pouco da trajetória das pessoas que dão nome às ruas é uma das maneiras de resgatar a história da Universidade”, comenta a vice-reitora Heloísa Starling, ao lembrar que, entre os homenageados, há nomes de funcionários e pesquisadores que interferiram, com muita propriedade, na vida da Instituição.

Esboço biográfico

Como forma de aproximar a comunidade universitária de vestígios da história da UFMG, Guilherme da Costa investigou o histórico de nomeação das ruas do campus Pampulha. Para compreendê-lo, é preciso voltar ao ano de 1976, quando uma comissão especial encarregou-se de sugerir nomes para as vias da Instituição. De seu trabalho saíram os 12 homenageados, hoje bastante conhecidos de andarilhos atenciosos. À lista inicial somam-se, respectivamente em 1986, 1998 e 2006, os professores Eduardo Frieiro, Amílcar Viana Martins e Francisco de Assis Magalhães Gomes.

Paralelamente à história das placas, Guilherme da Costa realizou, com auxílio dos departamentos de Planejamento Físico e Obras (DPFO) e de Administração de Pessoal (DAP), um “esboço biográfico” dos homenageados. Além de divulgadas no site especial dos 80 anos da Universidade (www.ufmg.br/80anos), elaborado pelo Núcleo Web do Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG, as biografias poderão ser vistas, por qualquer andarilho, nas próprias placas do campus Pampulha.
Agora, além de acesso aos nomes da rua, a comunidade universitária terá informações sobre quem foi, quando viveu e – através de pequeno verbete – o que realizou cada um dos homenageados. Ao leitor fica a sugestão: caminhe pelo campus como se palmilhasse a estrada do tempo.

Caminhos ilustres