Busca no site da UFMG

Nº 1578 - Ano 33
21.5.2007

EntrevistaHeloísa Starling

Foca Lisboa
Heloísa Starling - UFMG
Heloísa: estrutura democrática

“Temos muito a comemorar”

Maurício Guilherme Silva Jr.

Q

uando penso no futuro, não esqueço o passado”. Os versos de Paulinho da Viola, citados pela vice-reitora Heloísa Starling, resumem com propriedade o ideal das comemorações dos 80 anos da UFMG, trabalho que envolveu duas comissões. Celebrar as oito décadas da Instituição é resgatar os princípios que a fundaram, como forma de antever novos horizontes: “O que podemos preparar, nos próximos 80 anos, para que a UFMG concretize o sonho de ser a melhor universidade pública do Brasil, no ensino, na pesquisa e na extensão?”, indaga a professora.

A Universidade chega ao seu 80o ano de existência devidamente estruturada segundo os ideais de seus fundadores: a democracia, a solidariedade e o mérito. Esses princípios são detalhados pela vice-reitora nesta entrevista ao BOLETIM.

Qual o eixo conceitual das comemorações dos 80 anos?

Quem resume bem o conceito norteador da comemoração dos 80 anos é Paulinho da Viola, quando diz que “quando penso no futuro, não esqueço o passado”. Ao pensarmos as comemorações, também imaginamos os próximos 80 anos. Qual é o futuro? Quais serão as áreas de ponta? Como podemos preparar a UFMG para que ela concretize nosso sonho de ser a melhor universidade pública brasileira no ensino, na pesquisa e na extensão?

Hoje, temos muito a comemorar. A UFMG é uma Instituição com inúmeros ganhos e vitórias. E com uma história muito bonita. Por isso, não podemos esquecer nosso passado. Isso significa resgatar os princípios que fundaram a UFMG e pensar a importância da questão do público. Essa é uma Universidade pública fundada por Francisco Mendes Pimentel segundo os princípios da democracia, da solidariedade
e do mérito.

Que legado os pioneiros da UFMG deixaram a seus sucessores?

A UFMG é uma instituição dotada de estrutura de poder absolutamente democrática, representada por seus conselhos superiores. A experiência de participar desses conselhos é de grande importância para a vida de qualquer professor. Todos aprendemos que neles é construído o bem-estar comum.

Quando se pensa nos princípios democráticos que orientam os conselhos, lembramos que hoje e para o futuro, democracia significa inclusão. Já quando se pensa em solidariedade, falamos da necessidade de criar – e aperfeiçoar – , por exemplo, nossa política de assistência.

Ao discutir o mérito, devemos pensar em como afinar os mecanismos de avaliação da graduação e de desenvolvimento da pesquisa. Quando pensamos no público, imaginamos como a Universidade pode oferecer os frutos do conhecimento aqui gerado a Belo Horizonte,
a Minas Gerais e ao Brasil.