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Nº 1626 - Ano 34
22.09.2008

Na cesta errada

lixo

Azul (papel), amarelo (metal), verde (vidro), vermelho (plástico). A correlação entre as cores dos coletores e o tipo de resíduos que devem abrigar já está relativamente consolidada no imaginário da população, principalmente entre as crianças, alvos preferenciais das iniciativas de educação ambiental. Apesar disso, estudo realizado por alunos de graduação do ICB mostra que, na Unidade, nem sempre os resíduos são depositados nos coletores corretos (veja gráfico acima).

Não se trata de “daltonismo ecológico”, mas de uma distribuição desequilibrada de lixeiras. O levantamento identificou, por exemplo, que o ICB possui apenas cinco coletores de plástico entre as 73 lixeiras existentes. Em 83% das 340 observações feitas pelo grupo foram encontrados materiais plásticos, inclusive em lixeiras não destinadas a esse tipo de resíduo. Em compensação, o prédio tem 16 pontos de coleta de vidro, mas o material foi encontrado apenas 10 vezes.

“A pessoa não vai carregar aquele lixo indefinidamente e sim descartá-lo na primeira lixeira que encontrar”, diz o orientador da pesquisa e professor do Departamento de Biologia Geral do ICB, Geraldo Wilson Fernandes. Além das lixeiras não estarem adequadas ao perfil do material descartável gerado no ICB, outro problema identificado na pesquisa é a falta de campanhas de conscientização sobre o destino correto dos resíduos.

Formado pelos estudantes Camila Gontijo, Eudes Barbosa, Fernando Resende, Paula Serelle e Renato Araújo, matriculados na disciplina Ecologia 1 do curso de Ciências Biológicas, o grupo saiu a campo entre os meses de maio e junho deste ano. As análises eram feitas uma vez por semana, durante cinco semanas, no horário entre 12h e 13h.

Os estudantes encontraram outras discrepâncias. Um exemplo são os materiais não-recicláveis depositados nas lixeiras de coleta seletiva, como embalagens de bombons, papéis amassados e guardanapos sujos de gordura de alimentos. “O nosso objetivo é dar continuidade à pesquisa no ICB a partir de entrevistas com freqüentadores do prédio para descobrir os principais aspectos que devem ser abordados em uma futura campanha de conscientização e, futuramente, expandir o levantamento para outras unidades da UFMG”, revela Fernando Resende, um dos estudantes que participaram do estudo.

Trabalho: Distribuição de lixeiras e de resíduos sólidos no ICB:
perspectivas para uma coleta seletiva eficaz
Autores: Camila Gontijo, Eudes Barbosa, Fernando Resende, Paula Serelle e Renato Araújo
Orientador: professor Geraldo Wilson Fernandes (Departamento de Biologia Geral, do ICB)
Colaboradoras: Yumi Oki (pós-doutoranda no ICB) e Maria Aparecida Campana Pereira (gerente de resíduos do ICB)

Siderúrgica financia bolsas de mobilidade
internacional para estudantes da UFMG


Estudantes de Engenharia Metalúrgica, Mecânica e de Controle e Automação da UFMG terão uma oportunidade única de aperfeiçoar sua formação acadêmica no exterior. A ArcelorMittal Brasil, maior siderúrgica do país, com sede em Belo Horizonte, vai financiar, por semestre, 21 bolsas de mobilidade internacional para alunos desses cursos.

A parceria entre a UFMG e a siderúrgica foi formalizada no dia 15 de setembro, por meio de convênio assinado pelo reitor Ronaldo Pena e pelo vice-presidente de Recursos Humanos e Relações Institucionais da empresa, Vanderlei Schiller. Além das bolsas para estudantes de engenharia, a empresa se comprometeu a bancar uma bolsa para as áreas de Humanidades, de Artes ou Saúde. No exterior, os selecionados serão aceitos em universidades parceiras, receberão passagem de ida e volta, bolsa de US$ 950 mensais e seguro-saúde, além de estagiar em alguma empresa do grupo ArcelorMittal.

A ArcelorMittal Brasil pertence ao grupo ArcelorMittal, maior fabricante de aço do mundo, com capacidade de produção de 130 milhões de toneladas anuais e presença em mais de 60 países, onde emprega cerca de 320 mil trabalhadores. Recentemente, a empresa incorporou algumas das mais importantes siderúrgicas do Brasil, como a Belgo, a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) e a Acesita.