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Nº 1631 - Ano 35
27.10.2008
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Paula Lanza
Em setembro – o primeiro mês em que funcionou no regime 24 horas –, a Biblioteca Professor Emílio Guimarães Moura, da Faculdade de Ciências Econômicas, recebeu 614 usuários, sendo 283 vinculados à Face e 331 de outras unidades da UFMG, no horário especial das 21h30 às 8h, e aos sábados, domingos e feriados. Divulgado pela direção da biblioteca, o balanço revela uma surpresa: o grande número de pessoas que recorrem ao serviço nos finais de semana.
“Só no primeiro sábado recebemos 76 pessoas”, revela a bibliotecária-chefe, Maria Célia Carvalho de Resende, acrescentando que 57% das visitas registradas no mês concentraram-se em oito dias, exatamente aos sábados e domingos. A biblioteca 24 horas acabou atendendo uma demanda pouco dimensionada. “Um dos funcionários da Face que trabalha nos finais de semana já havia comentado que o campus ficava repleto de gente estudando pelos gramados e bancos, pois não havia espaço adequado para a atividade. Agora, as pessoas encontram um local propício para estudar”, completa Maria Célia.
Para conhecer o perfil dos freqüentadores da biblioteca, sua direção elaborou um formulário de questões entregue na entrada e que deve ser devolvido ao porteiro na saída. “Como no horário especial não contamos com funcionários para atender os usuários, desenvolvemos este questionário com objetivo de receber deles o feedback sobre o serviço”, explica Maria Célia.
A devolução dos formulários resultou na filtragem de várias demandas relacionadas à melhoria do atendimento. Pelo menos uma delas, a liberação, para toda a comunidade da UFMG, dos 13 computadores conectados ao Sistema Integrado de Informação de Pesquisa em Ciências Sociais e Humanas (sala multimídia), já foi atendida. Outras duas estão sendo providenciadas: a implantação de máquinas de café e lanches, proposta por usuários que freqüentam a biblioteca nos finais de semana, e a adequação da iluminação na área de estudo.
Mas a reivindicação mais presente nos questionários é a liberação da freqüência no horário especial para a comunidade externa, o que já está sendo examinado pela Procuradoria Jurídica da UFMG e pela direção do Sistema de Bibliotecas. “A idéia é cadastrar essas pessoas como usuários externos da biblioteca, com direito de consulta ao acervo e de uso do espaço, mas sem usufruir do serviço de empréstimo”, afirma Maria Célia de Resende.
O estudante Guilherme Gustavo Roca Arenales, 22 anos, aluno do 8º período do curso de Engenharia Mecânica da UFMG, diz que freqüentou a biblioteca no horário especial algumas vezes para estudo e realização de trabalhos. Para ele, a biblioteca da Face é um ambiente que facilita a concentração. “Quando tenho que estudar no final de semana, prefiro perder um bom tempo me deslocando para o campus a ficar em casa sujeito a várias distrações. Meu estudo rende mais”, revela ele, que já “varou” pelo menos uma noite estudando na biblioteca da UFMG.
| Foca Lisboa |
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| Equipe Uai-Sô-Fly: primeiro lugar em competição nacional |
Manoella Oliveira
A equipe Uai-Sô-Fly, formada por 16 alunos de Engenharia Mecânica da UFMG – a maioria com ênfase em aeronáutica –, conquistou, sob a coordenação do professor Paulo Iscold, o primeiro lugar na Classe Regular da X Competição SAE Brasil Aerodesign, realizada em São José dos Campos, São Paulo, no dia 19 de outubro. O evento contou com participação de 69 equipes de 15 estados brasileiros e Distrito Federal, além de México e Venezuela.
O objetivo da disputa é projetar um avião controlado por rádio para carregar o maior peso possível obedecendo a um conjunto de regras. Denominado George, o protótipo criado pelos estudantes alcançou 382,1 pontos. Nos testes de vôo, superou os concorrentes nos quesitos eficiência estrutural, peso vazio da aeronave, capacidade de peso carregado – 12,2 quilos de chumbo transportados por um avião de 3,19 quilos – e distância de decolagem, de 30,5 metros.
O mérito, segundo um dos membros da Uai-Sô-Fly, Fernando Araújo, está ligado ao flap, dispositivo desenvolvido pela equipe que permite decolagens em pistas mais curtas. “Testamos o vôo com e sem o flap e registramos uma diferença de cerca de 800 gramas de carga”, disse.
A vitória garante à equipe o direito de participar da competição internacional, promovida pela SAE Aerodesign East Competition, em abril do próximo ano, nos Estados Unidos. A disputa envolverá estudantes daquele país e da Europa. Até lá, a Uai-Sô-Fly terá que projetar um novo avião, já que as regras dessa etapa são outras.
Participante da SAE Brasil Aerodesign desde a primeira edição, em 1999, a equipe da UFMG já esteve presente na fase norte-americana da competição em outras edições, tendo conquistado o primeiro lugar em 2006.
Em segundo lugar, classificou-se a Keep Flying, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), seguida pela 100 Limites, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).