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Nº 1694 - Ano 36
10.5.2010

UFMG adotará Enem em substituição à primeira etapa do Vestibular

O Conselho Universitário decidiu, no último dia 5, por 32 votos a 18, que a UFMG utilizará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em substituição à primeira etapa do Vestibular, para ingresso em 2011. Eventuais mudanças na segunda etapa do concurso serão avaliadas e divulgadas pela Universidade dentro de 30 a 40 dias.

“Todos reconhecemos que o Enem é um avanço em relação ao sistema convencional, por ser um exame nacional, de boa qualidade, progressista, que dá oportunidade a todos os estudantes secundaristas do Brasil”, disse o reitor Clélio Campolina ao final da reunião. “Esperamos que essa seja uma etapa para que se elimine, em algum momento, o Vestibular”, completou. Segundo Campolina, a decisão é válida para todo o sistema de ingresso na UFMG, incluindo cursos presenciais e na modalidade a distância.

O calendário das provas do Vestibular UFMG 2011 já estava definido, com realização da primeira etapa no dia 28 de novembro de 2010 e a segunda de 3 a 7 de janeiro de 2011. Com a decisão, os candidatos a vagas na UFMG deverão se submeter ao Enem, que será realizado nos dias 6 e 7 de novembro. “Teremos que aguardar o resultado do Exame Nacional, previsto para 6 de janeiro, e imediatamente fazer apenas um cruzamento de dados e programarmos a segunda etapa”, explica o reitor.

Campolina lembrou que todos os países desenvolvidos adotam um sistema nacional de avaliação e que algumas das principais universidades brasileiras usam o Enem como mecanismo de ingresso. “Acredito que essa medida terá importante efeito de pressão para a melhoria do ensino público nos níveis fundamental e médio”, avalia.

Sobre o Enem

O Ministério da Educação apresentou proposta de reformulação do Enem e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais.

O objetivo é democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.

Pela proposta do MEC, as universidades podem optar entre quatro possibilidades de utilização do exame como processo seletivo: como fase única, tendo o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line; como primeira fase; combinado com o vestibular da instituição; ou como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

Sérgio Costa vira membro titular da ABC

O professor e vice-diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, Sérgio Costa Oliveira, tomou posse como membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Oliveira integra lista de 21 pesquisadores indicados pelos pares para integrar a entidade. Outros seis cientistas foram eleitos membros correspondentes. A solenidade de posse, realizada no último dia 4, no Copacabana Palace, Rio de Janeiro, teve participação de Yuan Tseh Lee, vencedor do Prêmio Nobel de Química em 1986.

Sérgio Costa Oliveira é graduado em medicina veterinária pela Universidade Federal da Bahia, com mestrado em microbiologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e doutorado em imunologia pela University of Wisconsin – Madison, onde também fez pós-doutorado. Livre-docente em imunologia pela Universidade de São Paulo, atualmente é professor titular do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB, na UFMG.

O professor integra o corpo editorial dos periódicos internacionais Microbes and Infection e Plos Neglected Tropical Diseases. Dedica-se à pesquisa especialmente dos seguintes temas: resposta imunidade inata e adquirida do hospedeiro contra a infecção com as bactérias intracelulares Brucella abortus e Mycobacterium spp, imunobiologia da infecção pelo Schistosoma mansoni e desenvolvimento de vacinas.

Sociedade científica

A Academia Brasileira de Ciências foi fundada em 1916 e congrega 620 cientistas nas Ciências Matemáticas, Físicas, Químicas, da Terra, Biológicas, Biomédicas, da Saúde, Agrárias, da Engenharia e Sociais. A entidade publica dois periódicos (Anais da Academia Brasileira de Ciências e Pesquisa Antártica Brasileira), organiza eventos científicos, desenvolve programas e projetos especiais e mantém intercâmbio com academias científicas estrangeiras, bem como com outras organizações nacionais e internacionais.

Segundo informa o site da instituição, a ABC é uma entidade independente, não governamental e sem fins lucrativos, que atua como sociedade científica honorífica e consultora do governo, quando solicitada, para estudos técnicos e de política científica.

A Academia recebe contribuições de seus membros individuais e corporativos e apoio financeiro de agências governamentais, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).