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Nº 1739 - Ano 37
23.05.2011

Benjamim Rodrigues de Menezes

“Oferecemos uma formação sólida”

*Bernardo Almeida

Na Escola de Engenharia, quantidade e qualidade se confundem. Ao mesmo tempo em que forma 800 profissionais por ano, oferece também uma preparação diferenciada, com forte base acadêmica. “Nosso engenheiro tem um ‘tempo de vida’ maior no mercado e na sociedade científica”, analisa o diretor Benjamin de Menezes, nesta entrevista ao BOLETIM.


Em que estágio a Escola de Engenharia se encontra hoje dentro do contexto da formação dos novos profissionais, já que hoje há grande demanda por engenheiros no Brasil?

A Escola de Engenharia é a instituição pública que mais forma engenheiros na América Latina, cerca de 800 por ano. E a expectativa é que esse número chegue à casa dos mil engenheiros formados por ano até 2014. É uma área que depende muito do desenvolvimento do país. Hoje há imensa procura por engenheiros formados, cenário bem diferente da década de 80, por exemplo. Mas o Brasil alcançou hoje um padrão de desenvolvimento em que não há como voltar atrás. E agora esse mercado demanda engenheiros de alta capacitação, porque as empresas brasileiras competem tanto dentro do país como internacionalmente.

Qual é o perfil do engenheiro formado pela UFMG?

Oferecemos formação sólida na área de ciências exatas. Tanto que a maior parte dos nossos cursos tem cinco anos de duração. Nos EUA, os cursos dessa área costumam durar quatro anos. Também damos oportunidades a todos os alunos que queiram participar de projetos de natureza científica ou tecnológica. Os alunos também podem optar pelos estágios para ter convívio com a realidade das empresas. E contamos com empresas juniores, bastante sólidas, e que garantem um ensinamento qualificado na área da gestão, um de nossos diferenciais. Nossa formação não é só profissional, mas também científica. Quando o aluno é preparado somente para o presente não consegue acompanhar as transformações tecnológicas. Com a formação que oferecemos, nosso engenheiro tem um “tempo de vida” maior no mercado e na sociedade científica, se comparado com um profissional oriundo de escola que trabalha apenas na perspectiva de mercado.

Como avalia a produção científica da Escola?

Contamos com pesquisadores seniores em nível nacional (105 bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq) e internacional. Temos 10 programas de pós-graduação stricto sensu, oito com mestrado e doutorado; um deles recebeu nota 7 e outros dois nota 6 (de 1 a 7) na última avaliação da Capes. Temos um histórico de parceria com o setor industrial, o que faz com que todo conhecimento aqui gerado seja rapidamente transferido para a sociedade por meio de convênios com as empresas de Minas Gerais e do Brasil.

* Jornalista da Assessoria de Comunicação do Projeto Centenário Escola de Engenharia