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Nº 1762 - Ano 38
6.2.2012

Possibilidades ampliadas

Foca Lisboa
Observatório Frei Rosário: oficina abordará fenômeno da expansão do universo
Observatório Frei Rosário: oficina abordará fenômeno da expansão do universo

Um exercício de ocupar o lugar do outro. Esta parece ser uma boa forma de encarar a participação nas oficinas do Festival de Verão de 2012 que vão reunir pessoas sem e com limitações auditivas, visuais e motoras. A experiência, inédita no evento, marcará quatro das 14 oficinas, que vão lidar com memória em idosos, ilustração em braille, relação com a cidade e visões do globo terrestre.

A artista plástica e ilustradora Maria José Boaventura, que trabalha também com desenhos que utilizam o braille, pretende levar para a oficina o desafio “extremamente interessante” de criar uma imagem que deve ser sentida com o tato. Além disso, ela antevê a emoção gerada pela troca de informações e sensações entre cegos e videntes. “Espero mostrar o trânsito entre linguagens e olhares, e a beleza de traduzir traços e cores em texturas e relevos”, ela diz.

Pessoas com mais de 60 anos, inclusive cadeirantes, terão oportunidade de aprender sobre o funcionamento da memória, como ela é armazenada e resgatada, e conhecer estratégias para potencializar o seu aproveitamento na velhice. A atividade estará a cargo da professora Marcella Tirado, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG.

Na área das ciências exatas, a oficina inclusiva tem espaço para surdos e pessoas como pouca mobilidade. A professora aposentada do ICEx Regina Pinto de Carvalho vai oferecer visão geral do que se sabe hoje sobre a Terra e como esse conhecimento foi construído. Por meio de atividades práticas, ela vai localizar nosso planeta no Sistema Solar e discorrer sobre a estrutura da Terra, a gravitação e o magnetismo terrestre.

Crianças e adolescentes entre 8 e 13 anos de idade, inclusive com deficiência visual e motora, vão explorar as ruas da cidade. Serão 36 horas de práticas – ligadas a habitar, cozinhar, plantar, jogar etc. O coordenador da oficina, Adriano Corrêa, que é professor da Escola de Arquitetura da UFMG, diz que, da mesma forma que não se pode prever o que se vai encontrar em uma atividade desse gênero, “são inesperadas também as formas de dar conta da cidade a partir de diferentes capacidades”.

Confira a programação

Ciências da Vida e da Saúde

O fogo e a biodiversidade do Parque Estadual da Serra do Rola Moça
Professor José Eugênio Cortes Figueira (ICB/UFMG)

Oficina da Memória (inclusiva)
Professora Marcella Guimarães Assis Tirado (EEFFTO/UFMG)

Rompendo barreiras do diálogo na saúde: adoecimento e cura para os Maxacali
Professora Izabela Assumpção D’Urço (RJ)

Ciências Exatas, da Terra e Tecnologias

Astronomia: O universo está crescendo de forma acelerada?
Professores Renato Las Casas e Carlos Heitor Fonseca (ICEx/UFMG)

Dos cristais aos quasicristais: observando o impossível
Professora Karla Balzuweit (ICEx/UFMG)

O globo terrestre em uma visão multidisciplinar (inclusiva)
Professora Regina Pinto de Carvalho (ICEx/UFMG)

Humanidades, letras e artes

Letra de música
Professora Alice Ruiz (SP)

Novos olhares, outras leituras
Professora Maria José V. Boaventura (Tiradentes/MG)

Papel, tesoura e o grão da voz
Professora Vânia Baeta (BH)

Poesia de intervenção
Professor Sergio Alcides (Fale/UFMG)

Vai nascer uma canção
Professor Luiz Rocha (BH)

Projetos Especiais

Invenção de práticas do não saber (inclusiva)
Oito temas, orientadores diversos

Máquinas poéticas, esculturas cinéticas
Professores Elisa Campos (EBA/UFMG) e Pierre Fonseca (BH)

Teatro: se delirar, delirou — uma vivência entre arte e loucura
Professores Grupo Sapos e Afogados/Juliana Barreto (BH) e Maria Stella Brandão Goulart (Fafich/UFMG)