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Nº 1764 - Ano 38
27.2.2012

Mais precisão para registrar

Pró-reitoria de Extensão mobiliza esforços para melhorar qualidade das informações que alimentam o Siex

Zirlene Lemos*

Mais de quatro mil ações de extensão – programas, projetos, eventos, cursos e prestação de serviços – registradas no Sistema de Informação da Extensão da UFMG (Siex/UFMG) desde 2009; cerca de três mil professores e mais de 900 bolsas anuais de extensão para discentes envolvidos. Esses números dão a dimensão da área na UFMG ao mesmo tempo em que apontam desafios enfrentados pela Pró-reitoria de Extensão (Proex), como o de continuar fomentando o desenvolvimento das ações de extensão e trabalhar pela consolidação dessa dimensão acadêmica, articulando-a cada vez mais ao ensino e à pesquisa.

Um passo importante nesse sentido está sendo dado com a revisão dos registros de ações no Siex, o grande banco de informações da extensão universitária. A empreitada, que será concluída até o mês que vem, é conduzida pela Pró-reitoria de Extensão, responsável por mobilizar cerca de 40 profissionais, entre membros da equipe, dos Centros de Extensão (Cenex) e de outros setores da UFMG. “É um esforço concentrado para aperfeiçoar o Siex como ferramenta de fornecimento de dados que comporão índices por departamento para a creditação da sua participação na extensão universitária, tendo em vista o plano de alocação de vagas docentes na Universidade”, explica a pró-reitora de Extensão, professora Efigênia Ferreira e Ferreira.

Ferreira destaca que as discussões geradas ao longo do processo estão estimulando uma reflexão que deverá gerar resultados duradouros: “A Proex vai refinar indicadores, tornando-os mais adequados à Universidade com desdobramentos em curto, médio e longo prazos”, acredita a pró-reitora.

Para a coordenadora do Cenex da Faculdade de Medicina, professora Maria Isabel Toulson Davisson Correia, os centros de extensão têm atuação destacada no processo. “Nossa participação ajudará nesta caminhada, pois permite conhecer melhor as dificuldades específicas das unidades”, destaca. Opinião endossada pelo coordenador do Cenex do Instituto de Ciências Agrárias, professor Flávio Gonçalves Oliveira. “Os centros de extensão são o principal elo entre os professores e a Proex, por isso precisam estar envolvidos na revisão dos registros”, apontou.
O coordenador também chamou a atenção para a necessidade de maior articulação entre essas instâncias e as diretorias de unidades, chefias de departamento e professores. “São os registros no Siex que indicam o número de trabalhos de extensão executados pelas unidades acadêmicas, dando visibilidade à UFMG, à Proex e aos professores envolvidos. É fundamental que todas as ações de extensão sejam corretamente informadas no sistema”, alertou.

O presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente da UFMG (CPPD), professor Roberto do Nascimento Rodrigues, também destaca a importância da precisão dos registros no Siex. “Quando o registro não é feito ou quando ele se perde em função da qualidade, temos prejuízos em três dimensões: perde o professor, a quem é atribuída uma produtividade aquém da realizada, perde o departamento, porque a performance, do ponto de vista do registro, também não condiz com o que efetivamente foi produzido, e, principalmente, perde a UFMG, que vê diminuir suas possibilidades de conseguir recursos e de melhorar sua posição nos sistemas de avaliação e ranqueamento”, argumenta.

Alocação de vagas

Os atuais critérios de alocação de vagas de docentes no ensino superior da UFMG datam de 2009. Baseiam-se em indicadores propostos pelas pró-reitorias de Graduação, Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, sendo que o referente a esta última foi implantado em 2011. Seu peso pode ser determinante na alocação de vagas nas unidades acadêmicas, como explica o presidente da CPPD. “Da forma como é contabilizado, o indicador da extensão pode fazer toda a diferença, seja no sentido do departamento ter a reposição de perdas, seja para se conseguir vagas de expansão”, afirma Nascimento. Ele espera que a partir de agora “os registros do Siex sejam revisados de modo a configurar, com a maior clareza possível, as ações de extensão desenvolvidas em cada departamento”.

Efigênia Ferreira alerta que essa prática será incorporada às rotinas do monitoramento e avaliação da Proex: “O trabalho se estenderá como agenda permanente da extensão em discussões, encontros, seminários e cursos”.

Histórico

A UFMG é pioneira no país no registro de informações de extensão. A primeira versão do sistema surgiu em 1996 e, no final daquela década, sua metodologia começou a ser transferida para outras instituições públicas de ensino superior, alcançando 37 universidades. Em 2009, o Siex/UFMG foi reestruturado.

* Jornalista da Assessoria de Comunicação da Pró-Reitoria de Extensão