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Papo de grego
ermes,
Zeus, Afrodite, Eros. Para alunos do Centro Pedagógico (CP) da UFMG
e de várias escolas fundamentais de Belo Horizonte, esses nomes não
são simplesmente "coisa de grego" - expressão que
remete a algo incompreensível - mas que dizem muito do mundo, do imaginário
de um povo, de uma tradição mitológica. O interesse por
esse saber refinado e geralmente tão restrito nasceu de uma iniciativa
de professores da UFMG, que introduziram os alunos no fantástico mundo
da mitologia grega através de projeto da Universidade, que envolve
os cursos de Letras e Filosofia.
O projeto existe há seis anos sob o comando dos professores Tereza
Virgínia Barbosa, de língua e literatura grega e chefe do departamento
de Letras Clássicas, da Faculdade de Letras, e Marcelo Pimenta, do
departamento de Filosofia. A idéia surgiu dentro das salas de aula,
onde eles perceberam o gosto dos alunos por histórias da mitologia.
Acabaram por formar um grupo de estudo do mito, que passou a preparar apresentações
de contos em escolas da periferia de Belo Horizonte. A equipe é formada
por oito monitores dos cursos de Letras, Filosofia e Artes Cênicas.
A
professora Tereza Barbosa esclarece que a preocupação teórica
de estudo do mito é o principal enfoque do projeto, deixando a vertente
artística em segundo plano. "Usamos a arte mais como instrumento
do que como fim", explica. O grupo reúne-se semanalmente para
realizar discussões e apresentações de contação
de contos. "Depois das apresentações, quem assistiu tece
suas críticas, tendo em vista que quem apresenta não é
um profissional das artes cênicas", relata a professora. Depois
do processo de preparação, os monitores narram os contos em
escolas da cidade, devidamente caracterizados com roupas e adereços.
"No início, fazíamos divulgação do projeto
junto às escolas, mas há alguns anos uma demanda espontânea
foi criada e agora atendemos apenas às escolas que nos procuram",
conta Tereza Barbosa.
Para receber os contadores, representantes das escolas devem participar de seminário promovido na UFMG, evento que detalha o projeto e orienta os participantes a trabalharem com mitologia. "O trabalho dos contadores limita-se a ir às escolas para contar o mito e realizar uma discussão com os alunos após a apresentação, despertando neles o inte resse pela mitologia", explica Tereza Barbosa. De acordo com ela, caso a escola possua interesse em dar continuidade ao trabalho, seus professores é que devem tomar frente, ensinando o conteúdo do mito, esclarecendo a respeito da condição de contador e preparando os alunos para narrar os contos.
Para estimular o aprendizado da mitologia, o projeto promove concurso de contação de mitos, que reúne participantes das escolas. "As escolas escolhem seus representantes e eles se apresentam para uma banca examinadora, que leva em conta critérios como conteúdo, trabalho de voz, postura, utilização do espaço e texto escolhido como fonte", afirma a professora. Os dois primeiros lugares recebem bolsa para o estudo de língua no Cenex da Fale.
Além das escolas, o projeto realiza trabalho permanente com o Centro Pedagógico da UFMG, dentro da disciplina de Filosofia ministrada pela professora Clenice Griffo. Para os alunos do CP, há concurso exclusivo de contação de contos de mitologia, em que os alunos também concorrem à bolsa de estudo de língua no Cenex. Parte deles atua também na produção de uma das cartilhas - financiada pela Proex - e que em breve será lançada pelo projeto. A primeira cartilha é uma espécie de matriz elaborada pela equipe do projeto e direcionada a professores das escolas participantes. A segunda está a cargo dos estudantes do CP, que adaptam a matriz para uso dos alunos das escolas.