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Nº 1440 - Ano 30 - 27.5.2004


 

Fitoterapia no parque

O Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG recebe, no próximo final de semana, dias 29 e 30, o curso Fitoterapia no Parque, promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas de Plantas Aromáticas, Medicinais e Tóxicas (Geplamt), da Faculdade de Farmácia.

As atividades, abertas ao público, integram o projeto Circuito das Plantas Medicinais e Aromáticas de Belo Horizonte, lançado em novembro de 2003 durante o Fórum Social Brasileiro.

O projeto, realizado em parceria com os parques de Belo Horizonte, inclui atividades com 12 horas de duração, entre elas palestras sobre avanços em Fitoterapia e sobre a história das plantas medicinais do Brasil; aula prática para reconhecimento das plantas medicinais e aromáticas; oficina de preparação de remédios caseiros; e passeios pelas trilhas ecológicas, para reconhecimento de plantas nativas.

A inscrição custa R$ 40 e os participantes recebem gratuitamente o livro Guia Informativo do Circuito das Plantas Medicinais e Aromáticas de Belo Horizonte. Mais informações pelo telefone 3339-7670. As duas próximas edições do curso já estão programadas: dias 26 e 27 de junho, no Parque das Mangabeiras, e nos dias 24 e 25 de julho, na Estação Ecológica da UFMG.

Educação Física

A Escola de Educação Física recebe inscrições, até o próximo dia 3 de junho, para o curso de Gestão de atividades físicas em academias, direcionado a estudantes e profissionais da área. Serão abordados temas como gestão da saúde, qualidade de vida e rendimento esportivo em academias, elaboração, condução e regularização dos programas de treinamento.

O curso será realizado nos dias 4, 5 e 6 de junho, no auditório da própria Escola, no campus Pampulha. São oferecidas 170 vagas e as inscrições podem ser feitas pelo site www.fundep.ufmg.br, nos postos da Fundep que ficam na Praça de Serviços do campus e no Conservatório UFMG (avenida Afonso Pena, 1534). Mais informações pelo telefone 3499-4220.

Mário de Andrade

Dos 20 volumes que formam a obra de Mário de Andrade, nove tratam de música, uma das grandes paixões do escritor. A influência da música na trajetória do intelectual paulista foi investigada pelo professor Paulo Sérgio Malheiros dos Santos no livro Músico, doce músico, lançado na semana passada pela Editora UFMG. O autor é doutor em Literatura pela PUC-Minas e pianista do Trio da Escola de Música da Uemg, onde leciona História da Música e Piano.

Músico, doce músico integra a coleção Humanitas pocket e custa R$ 30. Mais informações na Livraria UFMG pelo telefone 3499-4642.

Célula ao alcance da mão

Museu de Ciências Morfológicas da UFMG expôs, durante o 3º Seminário Internacional Sociedade Inclusiva, realizado, esta semana, na PUC-MG, a coleção A célula ao alcance da mão. Destinada a pessoas com deficiência visual, a exposição reuniu 52 modelos tridimensionais e em relevo, representativos das estruturas do corpo humano. Coração, rim, pulmão, aparelhos reprodutores, intestino, células, tecidos e organelas foram dispostos em textura e relevo, tal como no organismo humano, o que facilita a assimilação de suas formas pelos cegos.

A iniciativa foi desenvolvida pelo Museu de Ciências Morfológicas do ICB. "O ensino da morfologia exige material pedagógico de forte apelo visual", diz Maria das Graças Ribeiro, diretora do Museu. Sua coleção pode facilitar as aulas ministradas ou assistidas por portadores de deficiência visual. Todo o processo de construção das peças foi acompanhado por estudantes cegos, garantindo que o toque realmente revele as estruturas humanas.

As primeiras peças foram desenvolvidas em 1989 para permitir que um aluno deficiente visual do ICB pudesse acompanhar as aulas práticas. Naquele ano, Luiz Edmundo Costa, hoje fisioterapeuta do Hospital das Clínicas da UFMG, freqüentava as disciplinas de Citologia e Histologia Geral. Ele tinha dificuldades em "compreender" as imagens observadas pelos estudantes ao microscópio. Junto com a professora Maria das Graças, imaginou alternativas que pudessem solucionar o problema. Daí surgiram desenhos em alto relevo e peças de cortiça, que foram decisivas para a sua formação. À época, Luiz Edmundo até assumiu a monitoria da disciplina, auxiliando colegas que haviam ficado em exame especial. "Aquele foi o jeito que me permitiu entender as imagens de células e tecidos. Por causa dos desenhos e das peças, fui muito bem na disciplina. Fico feliz ao saber que o projeto teve continuidade", diz Luiz Edmundo.

Propriedade intelectual da UFMG, o projeto está registrado no escritório de direitos autorais da Biblioteca Nacional. Por meio de uma parceria com a Secretaria Estadual de Educação, a coleção está sendo apresentada e testada em escolas da capital.

Foto (divulgação): Alunos observam modelos desenvolvidos pelo Museu: textura dos materiais garante assimilação de forma