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Nº 1440 - Ano 30 - 27.5.2004

Universidade auxilia estudantes africanos

Patrícia Azevedo

UFMG oferece, até o final do ano, ajuda financeira para alunos africanos originários de países de língua portuguesa. Trata-se da bolsa de estudos Paula Domingues Vargas, instituída através de convênio entre a Universidade, a Unesco e o embaixador brasileiro junto à entidade, José Israel Vargas, idealizador da bolsa. Professor aposentado do departamento de Química da UFMG, Israel Vargas foi ministro da Ciência e Tecnologia durante seis anos (governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso). Por conta do empenho do embaixador em viabilizar o projeto, a bolsa leva o nome de sua filha, Paula Domingues Vargas, ex-aluna da escola de Música da UFMG e que faleceu em 1981, logo após concluir seus exames finais.

As bolsas são financiadas com recursos de 10 mil dólares, divididos em partes iguais entre a Unesco e o embaixador. Esse dinheiro complementa a ajuda financeira que a Universidade vem oferecendo a alunos africanos.

Este ano, estão sendo beneficiados 53 estudantes, em sua maioria, de Guiné Bissau, Cabo Verde, Moçambique e Angola. Os recursos serão administrados pela Diretoria de Relações Internacionais junto com a Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump), que fez levantamento para identificar os alunos que necessitam de ajuda.

A bolsa destina-se a alunos de graduação que não recebem auxílio financeiro de agências de fomento ou bolsas financiadas por meio de acordos entre governos. A professora Sandra Almeida, diretora de Relações Internacionais, conta que muitos deles chegam à UFMG pra estudar, mas têm dificuldades para arcar com as despesas de alimentação e moradia. "Com essa ajuda, queremos incentivar a vinda de alunos estrangeiros e fortalecer o intercâmbio da UFMG com países africanos", afirma a professora.

Prioridade

José Israel Vargas lembra que ajudar a África é uma das prioridades da Unesco, uma vez que a população do continente enfrenta graves problemas nas áreas de educação, economia e saúde. "São países que sofrem com a Aids, a desnutrição, a falta de recursos. Muitas famílias não têm condições de ajudar os jovens que vêm estudar no Brasil e continuam a passar dificuldades", justifica o embaixador.

Segundo Vargas, a escolha recaiu sobre os países de língua portuguesa por causa da proximidade cultural e idiomática com o Brasil. Além disso, eles integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), criada em 1996. Um dos objetivos da entidade é promover a cooperação cultural e social entre Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe e difundir a língua portuguesa. "Com a instituição da bolsa, a UFMG estreita ainda mais os laços que unem estes países", analisa José Israel Vargas.

Regulamentado acesso ao campus nos
feriados e finais de semana


acesso ao campus Pampulha forados horários normais de funcionamento acaba de ser regulamentado. Portaria da Pró-Reitor de Administração, assinada em 7 de maio pelo pró-reitor Luiz Felipe Vieira Calvo, exige que o vigilante, vigia ou porteiro faça a identificação e o registro, em formulário próprio, de todas as pessoas que precisarem entrar no campus em feriados, finais de semana ou em períodos em que os portões estiverem fechados aos sábados, as entradas são fechadas às 14 horas.

O fornecimento dos dados do servidor, aluno ou visitante, seu destino e objetivo, horário de entrada e de saída, torna-se obrigatório. Segundo o pró-reitor de Administração, Luiz Felipe Vieira Calvo, as normas estabelecem controles que resultam em maior segurança para a Universidade. “As informações que devem ser registradas no momento do acesso facilitam investigações em eventuais processos de sindicância”, afirma.

A Portaria prevê o acesso monitorado de alunos, servidores e outros membros da comunidade, como funcionários das fundações, associações, bancos e prestadores de serviços que trabalham rotineiramente no campus, assim como de prestadores de serviço públicos ou privados. Também determina que prestadores de serviço público, como bombeiros, polícias Militar e Civil, Cemig, Copasa, Telemar, BHTrans e correlatos, assim como as ambulâncias, terão acesso livre. Contudo, o vigilante da portaria deve anotar a placa do veículo e informar à Centrall de Vigilância a presença do prestador no campus, seu destino e objetivo.

O documento define ainda que o acesso ao campus Pampulha nos feriados e fins­de­semana se dará pela portaria principal da avenida Antônio Carlos. “As situações que exigirem a abertura de outras portaias serão informadas previamente pela Divisão de Segurança do Departamento de Serviço Gerais”, diz o documento. A Divisão de Segurança manterá as portarias informadas sobre os períodos em que o acesso será livre, em razão de eventos ou de situações especiais.