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Nº 1458 - Ano 31 - 14.10.2004

 

Pós-graduação da UFMG tem 14 programas de excelência

Avaliação da Capes revela avanço progressivo e homogêneo dos cursos de mestrado e doutorado da Universidade

Murilo Gontijo

última avaliação da Capes, divul- gada no dia 4 de outubro, põe a pós-graduação stricto sensu da UFMG entre as melhores do país. Catorze dos 61 programas receberam notas 6 e 7, atribuídas a doutorados com nível de excelência e inserção internacional. Outros 21 cursos foram avaliados com o conceito 5, o que equivale dizer que são de alto desempenho. A nota 4 foi dada a 20 cursos e a 3, a seis.

"A avaliação deixa claro que a nossa pós-graduação avança progressivamente e de maneira homogênea, do ponto de vista qualitativo e quantitativo", comemora o pró-reitor, Jaime Arturo Ramirez. Ele explica que as oito áreas de conhecimento contam com programas bem avaliados. Além disso, curso algum da Universidade recebeu notas 1 e 2, que prevêem descredenciamento a partir de 2005.

Quando os conceitos da UFMG são comparados às médias nacionais, a excelência da Universidade fica ainda mais clara. "Temos 10% de nossos cursos com nível 7, enquanto a média nacional é de 3,4%", afirma o pró-reitor. Ele diz que, no nível 6, estão 13% dos cursos da UFMG, para uma média nacional de 7,5%. E, no conceito 5, figuram 34% da pós-graduação da Universidade. A média brasileira nesse patamar é de 23,4%.

A classificação da UFMG poderia ter ser ainda melhor se não fossem dois erros de transcrição já reconhecidos pela Capes. Por causa deles, o doutorado em Bioinformática tirou conceito 4 _ o certo é 5 _ enquanto o de Clínica Médica recebeu nota 3 _ a correta é 4. A Capes aguarda apenas um ofício da Universidade solicitando formalmente a correção.

Qualificação docente

Para Ramirez, os bons conceitos alcançados pela UFMG derivam de políticas corretas desenvolvidas pela Universidade ao longo dos anos. "Investimos bastante na qualificação docente, o que permitiu a consolidação de programas de pós-graduação, e na captação de recursos para criar a excelente infra- estrutura de pesquisa com a qual contamos hoje", justifica. Em 1993, a UFMG tinha 889 professores mestres e 790 doutores. Atualmente, são 1.511 doutores e 562 mestres (veja gráfico abaixo).

Ramirez esclarece que os programas avaliados com a nota 3 receberão acompanhamento sistemático da Pró-Reitoria, o que inclui aportes financeiros do Fundo Fundep. Foi o que ocorreu, por exemplo, em 2002, quando a Universidade apoiou programas que precisavam de recursos para melhorar.

Crescimento

As estatísticas da Pró-Reitoria mostram que o doutorado da Universidade cresce a uma média de 15% ao ano, frente a uma taxa de 8% registrada pelo mestrado. "São médias superiores às do Brasil", compara o pró-reitor. Segundo ele, em 2003, foram realizadas 293 defesas de doutorado e 1.041 de mestrado. Há 10 anos, formaram-se 45 doutores e 338 mestres. Em 1993, aproximadamente 500 doutorandos freqüentavam aulas na Universidade. Hoje são 1.800. Em 1993, os mestrandos eram 1.800. Atualmente, 3.700.

Legenda: Jaime Ramirez: salto qualitativo e quantitativo
Foto: Eber Faioli