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Nº 1677 - Ano 36
23.11.2009

NOTA DO REITOR À COMUNIDADE DA UFMG

Encerrados os trâmites internos relativos ao processo de sucessão para reitor, sinto-me no dever de levar ao conhecimento da comunidade fatos ocorridos durante a campanha que, de maneira absolutamente injustificada e dissociada da verdade, veicularam ofensas ao atual Reitorado, de modo particular, à professora Heloisa Maria Murgel Starling, vice-reitora da UFMG.

Refiro-me aos documentos: “Uma outra UFMG é possível – Carta Aberta do DCE de apoio à Chapa 1”, cuja divulgação iniciou-se em 2 de outubro de 2009, e “Manifesto – Estudantes por uma nova universidade”, este assinado por um grupo de estudantes e amplamente divulgado em nossa comunidade às vésperas da eleição. Esta minha nota à comunidade inspira-se no apreço pela verdade, no combate ao uso da mentira como estratégia política. A mentira é diferente da versão. Uma versão pode ser inexata ou contrastável com outras, mas implica sempre um compromisso com a realidade factual. A mentira, ao contrário, distorce, nega e encoberta, cuidadosamente com camadas de falsidade, a integridade dos fatos. Além dessas razões, motiva-me o propósito de fazer justiça.

O primeiro dos documentos supramencionados afirma que: “A atual Reitoria (Ronaldo Pena/Heloisa Starling) [...] reprimiu estudantes chamando a polícia no campus em 2008”. No segundo documento, assinado por um grupo de estudantes, está escrito: “De triste memória, em 2008, podemos citar também a nefasta invasão no IGC, onde um agressivo contingente de policiais, cavalos, motos, nove viaturas, e até um helicóptero, foram usados para impedir a exibição de um documentário. Chegaram cercando o prédio, prendendo estudantes, ofendendo e agredindo fisicamente professores e funcionários, violando o direito das pessoas, quebrando regras básicas da democracia. Isso aconteceu sob total omissão da vice-reitora Heloisa Starling, que permaneceu calada durante toda a operação, no prédio da reitoria”.

Tais afirmações estão muito longe de corresponder à verdade dos acontecimentos, que foram os seguintes:
1. O fato que motivou a presença da polícia no campus, a proibição da exibição de um filme, foi uma decisão interna da Diretoria do IGC;
2. A ordem para solicitar intervenção dos policiais que realizam a ronda do campus partiu da diretora do IGC;
3. A partir daí, a ação policial teve os desdobramentos que são do conhecimento de todos;
4. Nem a diretora, nem a vice-diretora estavam presentes no IGC ou no campus Pampulha no momento em que a polícia atendeu ao chamado de intervenção;
5. A vice-reitora permaneceu na Reitoria, acompanhada de membros da equipe do Reitorado, até 3h da madrugada e providenciou:
5.1. O acompanhamento jurídico, na pessoa do procurador geral, professor Fernando Jayme, ao estudante preso;
5.2. O acompanhamento do Dr. Paulo Pimenta, assessor da Reitoria para a área da saúde, aos dois estudantes que foram examinados no Hospital João XXIII;
5.3. A convocação do oficial da PM responsável pela intervenção, do tenente encarregado da operação, do chefe da segurança interna e solicitou a retirada imediata da PM e as razões da sua presença no campus;
5.4. A convocação da diretora e da vice-diretora do IGC para explicações e tomada de providências conjuntas;
5.5. O atendimento à imprensa e a estudantes;
5.6. As medidas necessárias para manter o reitor, que se encontrava em missão de trabalho na Alemanha, informado de tudo o que estava ocorrendo.
6. No dia seguinte, 4 de abril de 2008, às 9h, como é de sua prerrogativa estatutária, convocou o decano da UFMG para presidir uma Comissão encarregada da apuração das razões da presença da PM no campus. A formação da Comissão foi referendada pelo Conselho Universitário, que, inclusive, indicou novos membros para integrá-la.

O relatório da Comissão, aprovado sem restrição pelo Conselho Universitário, isenta a vice-reitora de qualquer responsabilidade pelos lamentáveis eventos então ocorridos no IGC. Qualquer tentativa de atribuir responsabilidades à vice-reitora pela presença da polícia no campus incorre em inaceitável agressão à verdade. Assim, em respeito ao direito à memória e à verdade, redigi a presente nota, para ser amplamente divulgada na UFMG, inclusive em sua página web e em seu Boletim Informativo.

Ronaldo Tadêu Pena – Reitor

UFMG Educativa terá potência ampliada

O reitor Ronaldo Pena e o ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciaram, no dia 13, aumento de potência da rádio UFMG Educativa: dos atuais 1,5 kW para 20 kW. O sinal poderá chegar a um raio de 100 quilômetros – a média de alcance ficará em torno dos 50 quilômetros de raio. Isso permitirá que a emissora seja ouvida em toda a Região Metropolitana de Belo Horizonte, sem as atuais quedas de sinal.

Ronaldo Pena destacou a importância da emissora na divulgação do conhecimento. “A partir de agora, nossa voz será mais ouvida. A Universidade precisa chegar a todos os cidadãos, mesmo aqueles que não fazem parte da comunidade acadêmica, para que sua relevância social seja cada vez maior”, afirmou. A rádio terá até o final de janeiro para apresentar projeto com os equipamentos que serão utilizados para viabilizar a mudança.

Telecentro

Durante a visita à UFMG, Hélio Costa inaugurou o Telecentro Comunitário Anísio Teixeira, no Centro Pedagógico da Escola de Educação Básica e Profissional da UFMG. A ideia do novo telecentro é promover a inclusão digital de toda a comunidade, uma vez que o local já conta com laboratório de informática para atender os alunos. Para 2010, está prevista a oferta de oficinas segundo as demandas apresentadas pelos usuários.

O ministro ainda conheceu o Telecentro Móvel da UFMG, o telecentro e o Centro de Estudos do Esporte para Portadores de Deficiência da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.