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Nº 1792 - Ano 39
1.10.2012

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Ocupação pela arte

Alberto da Veiga Guignard é o homenageado na segunda edição da Bienal Universitária

Gabriella Praça

Bienal Universitária de Arte

Uma cidade ocupada pela produção de jovens artistas latino-americanos. Essa é a ambição da Bienal Universitária de Arte, que será realizada pela segunda vez em Belo Horizonte. A Bienal 1 – a primeira edição ganhou a denominação de Bienal Zero – terá mostras, exposições, conferências e mesas-redondas na UFMG, no Sesc Palladium, no Espaço CentoeQuatro, na Escola Guignard (Uemg) e no Museu de Arte da Pampulha.

“Pretendemos ocupar diversos espaços de BH, para que a Bienal cresça e envolva toda a cidade”, revela o professor da Escola de Belas-Artes Fabrício Fernandino, coordenador e curador do evento. Nesta edição, a Bienal, que comemora os 85 anos de fundação da UFMG, ocorrerá de 8 de novembro a 2 de dezembro.

Outra novidade é a iniciativa de homenagear um artista a cada edição. O primeiro é o pintor Alberto da Veiga Guignard, morto há 50 anos. A conferência de abertura do evento, Mestre Guignard, será ministrada pela historiadora e crítica de arte Sonia Salzstein, professora do Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo (USP). Haverá também uma mesa-redonda formada por ex-alunos de Guignard que contarão histórias sobre o mestre, além de duas exposições programadas com obras do pintor.

Um dos destaques da Bienal 1 é a residência artística que oferecerá oportunidade aos estudantes de criar trabalhos compartilhados e vivenciados dentro do espaço expositivo. Será construído um ateliê para atuação de oito artistas, sendo quatro do Brasil e quatro do exterior, a partir da segunda quinzena de novembro. De acordo com Fernandino, o conselho curador responsável por selecionar os projetos deverá escolher trabalhos que dialoguem entre si. “A partir dessa aproximação queremos estabelecer o encontro de ideias, abrindo caminho a possíveis desdobramentos”, adianta.

Além do Brasil, a proposta está sendo divulgada em algumas cidades da Argentina, do Uruguai e do Chile, com o objetivo de estimular a participação de estudantes de outros países da América Latina. A aproximação com a Argentina é facilitada pelo fato de a UFMG integrar rede para formação em artes e desenhos, da qual também participam universidades sediadas em Santa Fé e La Plata. Essa parceria garante o custeio do transporte de participantes provenientes de qualquer uma das instituições. Os visitantes das mostras no Espaço CentoeQuatro poderão conferir o trabalho dos residentes, interagindo e participando do processo criativo.

A UFMG abrigará a conferência Transversalidade na arte contemporânea, que será ministrada pelo historiador da arte, crítico e curador mexicano Cauhutémoc Medina no dia 12 de novembro, no auditório da Reitoria. Outra atração será a exposição UFMG 85 Anos, com fotos da Universidade organizada pelo fotógrafo Foca Lisboa.

Outra dimensão

O Museu de Arte da Pampulha abrigará o V Fórum Arte das Américas, evento internacional promovido pelo instituto homônimo, com o objetivo de discutir questões da transversalidade na cultura contemporânea. Arte e ciência, transarquitetura, intermidialidade e crítica e curadoria serão alguns dos temas abordados. O encerramento do Fórum será na galeria Livrobjeto, que abrigará a exposição Livro de Artista. Obras de viés artístico, com anotações, formato e conteúdo específicos, serão exibidas durante a mostra. “Essa é uma forma de estendermos o espaço, criando outra dimensão para a obra de arte”, observa Fernandino.

Realizada em 2010, a primeira edição da Bienal expôs obras de 70 estudantes brasileiros e estrangeiros na Biblioteca Universitária da UFMG e Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). O evento foi idealizado com o objetivo de resgatar o espírito dos antigos salões universitários de arte, promovidos nos anos 1970 em Belo Horizonte, que abriam espaço para jovens artistas.

As inscrições de propostas para o evento devem ser feitas até 17 de outubro, pelo site www.bienaluniversitariadearte.ufmg.br. O participante deverá, necessariamente, ser aluno de algum curso universitário de graduação ou de pós-graduação. Serão aceitos trabalhos nas seguintes modalidades: desenho, pintura, gravura, escultura, objeto, livro de artista, cerâmica, fotografia, instalação, performance, videoarte e arte digital.