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Nº 1798 - Ano 39
12.11.2012

Sem duplicidade

UFMG reduz volume de informações lançadas no INA

Ana Rita Araújo

Os dados sobre a produção científica do corpo docente da UFMG, que compõem relatório anual gerado pelo Sistema de Informações Acadêmicas (INA), passarão a ser extraídos da Plataforma Lattes, mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “A intenção é evitar duplicidade de lançamentos”, explica o pró-reitor de Recursos Humanos, professor Roberto Nascimento.

Segundo ele, as secretarias de departamentos continuam a alimentar o INA com dados sobre projetos de pesquisa em andamento ou encerrados em 2011 – item sub-registrado no Lattes –, atividades administrativas e encargos didáticos docentes. A partir de 2013, as informações relativas a projetos de pesquisa também serão importadas diretamente da Plataforma Lattes, deixando de ser lançadas no INA. Para isso, os docentes registrarão a totalidade de suas atividades de pesquisa na ferramenta do CNPq.

“A margem de erros vai diminuir muito, assim como o tempo de lançamento e de conferência”, avalia Maria do Perpétuo Socorro de Araújo, secretária no Departamento de Física, que ao longo do ano busca registros em fontes diversas, sobre cerca de 80 docentes, para digitar no INA. “Fazemos buscas em bancos como Web of Science, o próprio Lattes, além de documentos e formulários de defesas, afastamentos e participação em congressos. Também conferimos revistas, para detectar publicação de artigos, sempre com a finalidade de reunir informações relevantes e alimentar o sistema”, relata.

Com a mudança, os professores devem atualizar seus currículos Lattes até a data-limite a ser posteriormente informada pela CPPD. A partir daí, as informações serão extraídas da plataforma e preparadas para importação direta pelo INA. Isso reduzirá de forma significativa o trabalho dos docentes e das secretárias dos departamentos.

De acordo com Roberto Nascimento, o INA serve de base para finalidades distintas, como fornecer indicadores de produção departamental para a planilha de alocação de vagas, bem como para refletir a produção científica da Universidade.

O diretor do Centro de Computação (Cecom), Carlos Alfeu, explica que novas soluções estão sendo estudadas para reduzir ainda mais a necessidade de lançamento de informações diretamente no INA. “O ideal é que ele fique apenas com a função de reunir dados, que serão extraídos de outras plataformas”, comenta.

Atualização

Desenvolvido pela Universidade em 1991, o INA ganhou nova versão em 2003. Agora, a ferramenta passa por atualizações, com o intuito de proporcionar a troca de registros entre diferentes plataformas e evitar retrabalho. Outro sistema que terá uso reduzido é o Opus, criado no início dos anos 2000 com o objetivo de dar tratamento específico à produção docente. Devido ao nível de detalhamento das informações que o compõem, o Opus passa a ser utilizado apenas como fonte para a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMG e para o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict). A administração da Universidade também planeja substituir esse sistema no próximo ano.

Nos próximos dias a CPPD encaminhará aos departamentos orientações detalhadas sobre os dados que não mais precisarão ser lançados no Sistema INA, já a partir do ano-base de 2011.