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Nº 1798 - Ano 39
12.11.2012

Consciência alimentar

Natália Carvalho

Um grupo de professores e alunos do curso de Nutrição da UFMG prepara-se para avaliar a qualidade da merenda servida nas escolas municipais de Belo Horizonte e, a partir desse ­diagnóstico, pretende desenvolver amplo trabalho de educação alimentar, envolvendo alunos, pais, professores e cantineiras.

A demanda, que partiu da Secretaria Adjunta de Segurança Alimentar e Nutrição de Belo Horizonte, começa a ser executada em fevereiro de 2013 em projeto-piloto que alcançará, de imediato, nove escolas. A intenção, no entanto, é englobar as mais de 130 escolas integradas de Belo Horizonte, nas quais os alunos passam nove horas do seu dia desenvolvendo atividades escolares, artísticas e esportivas. E há ainda a perspectiva de que o trabalho seja levado às Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) e às creches.

“Não é uma questão de mudança de cardápio. Muitas vezes a criança recebe um prato nutricionalmente preparado e o rejeita. É necessário um trabalho de conscientização na escola, em contato com os colegas. As crianças precisam conhecer e entender o que estão comendo. Mostraremos a elas por diferentes meios, como o teatro, a música e cartilhas explicativas, as especificidades e a importância de cada alimento”, explica uma das coordenadoras do projeto, a professora Luana Caroline.

Sua colega, Simone Cardoso, acrescenta que o objetivo é fazer com que o aprendizado transponha os muros da escola e alcance o ambiente doméstico da criança. “A educação saudável deve influenciar toda a família. Nossa intenção é que a criança seja um multiplicador”, completa Simone Cardoso.